Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Ex-superintendente do Iphan morre com o pescoço cortado
Por Yara Ramires/DC
27/03/2014 - 04:22

Foto: foto montagem

Após sentir ausência, colega de trabalho do historiador Cláudio Conte acionou a Polícia Civil, que arrombou a porta e encontrou-o morto, em casa 

 
O historiador Cláudio Quoos Conte, ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Mato Grosso, foi encontrado morto com um corte no pescoço na tarde da última terça-feira, em sua residência no município de Canarana (823 km de Cuiabá). Gaúcho de Porto Alegre e indianista, atualmente ele atuava na Coordenadoria Regional do Xingu (CR-Xingu), na Fundação Nacional do Índio (Funai). 

De acordo com as informações repassadas pela delegada da Polícia Civil, Karla Cristina Peixoto Ferraz, a polícia chegou até a casa do indianista após ser acionada por um colega de trabalho que desconfiou de sua ausência no trabalho, sendo que ele não costumava faltar e avisava caso ocorresse. 

Para entrar na residência foi preciso pular o muro, e no quintal, encontraram um cupom fiscal de um compra em um supermercado por volta das 19h de segunda-feira. Ainda do lado de fora da casa, conseguiram ver o pé da vítima. A polícia então arrombou a porta e se deparou com o corpo de Cláudio em cima de uma cama, deitado de bruços, com uma enorme mancha de sangue, que também foi encontrado na parede. Cláudio morreu com um corte profundo no pescoço. 

A delegada contou ao Diário que até o momento não foi dada falta de objetos da casa, apenas o carro de Cláudio, um Fiat Pálio, que não está mais no local, mas foi visto na manhã do crime em frente ao Banco do Brasil. Câmeras de segurança do local devem auxiliar na identificação do suspeito. 

Apesar disso, Karla Ferraz conta que a investigação já está em andamento e em um estado avançado. “Acredito que até o final de semana já teremos uma resposta sobre o crime. Não podemos adiantar nada”, ressaltou. 

VIDA PÚBLICA – Atuando entre 1994 e 2020 no Iphan, o indianista chegou a escreveu o livro “Centro Histórico de Cuiabá Patrimônio do Brasil. Cuiabá: Entrelinhas”. Em seguida, foi atuar no Serviço de Monitoramento Ambiental e Territorial (SEGAT), Na Coordenação Regional, onde lutou pelo apoio às atividades culturais e projetos direcionados aos povos indígenas do Xingu. Em nota, a CR-Xingu prestou condolências à família e o classificou como um companheiro e amigo que tanto contribuiu para Mato Grosso. 
 
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