Diversos grupos do estado e até mesmo da Bolívia fizeram um cortejo multicultural apresentando as danças e vestimentas típicas peculiares ao folclore e identidade cultural de cada lugar. Saindo da Praça Duque de Caixas e percorrendo a rua Comandante Balduíno, até desfilar pela Praça Barão do Rio Branco, alguns grupos se apresentaram para visitantes do começo da noite do Festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres.
À frente do desfile veio o pavilhão das bandeiras nacional, estadual, municipal e do festival, em seguida a fanfarra do Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC). Índios da etnia chiquitana da fronteira Brasil-Bolívia representavam os primeiros habitantes do Pantanal, os portugueses com a figura do fundador de Cáceres, Luís Albuquerque Mello Perreira e Cáceres representado pelo professor cacerense Guilherme Vargas e pelo grupo Tradição, a presença espanhola com os alunos do QI Centro Educacional vestidos com roupas flamencas, os franceses pelos alunos do Colégio Imaculada Conceição. Bolivianos trajados com suas roupas típicas representando o país vizinho e o grupo Chalana com as danças latinas.
A imigração japonesa em nossa região representados pelos descendentes com quimonos e os povos africanos com a força de sua raça na exaltação a Tereza de Benguela com Inês Geraldes Garcia e Terezinha Geraldes Ferreira descendentes da primeira capital do estado Vila Bela da Santíssima Trindade.
Ao chegar na bola interativa da Secopa, na Praça Barão, os grupos apresentaram suas performances artísticas para uma plateia atenta para a manifestação. Os alunos do Colégio QI apresentaram a dança espanhola, as alunas do CIC com o cancan dança francesa, Grupo Tradição apresentou o tradicional Cururu e Siriri, os Mascarados de Poconé encantaram a todos com o colorido dos trajes, os bolivianos com sua dança típica, o CTG de Juína com dança gaúcha, o grupo Igarapé com performance sobre os ribeirinhos, Afro Escola com danças africana e, no encerramento, o grupo Hypnose Break de Cáceres com hip hop.
A diretora do Grupo Folclórico Tradição Elenir Antunes falou sobre as manifestações. "Muito importante o FIPE ter esse espaço para manifestações artísticas regionais, mostrando para a população e o turista a cara de Mato Grosso e a miscigenação e toda riqueza regional”.
O idealizador da III Edição Vitrine Multicultural, o professor Celso Ferreira da Cruz Vitorino, comemorou o sucesso do evento. “Superou minhas expectativas, pois isso é feito para levantar a autoestima do cacerense, mostrando a arte a cultura do Alto Pantanal com diversidade de grupos presentes, e que isso venha reforçar que não há vergonha em ser pantaneiro, num processo de revitalização da história local e repassando para os jovens”.
Presente na apresentação, o vice-governador Chico Daltro enalteceu a importância do Festival. “O FIPe é reconhecido nacional e internacionalmente e faz parte do calendário de eventos do estado e a Vitrine Multicultural é fundamental num evento como o FIPe, pois toda forma de integração entre os povos enaltece a identidade local e a fraternidade da população”, concluiu o vice-governador.
Eliene Liberato, vice-prefeita de Cáceres, também comentou. “Representa a participação da cultura e do estado com objetivo de divulgar nosso festival e, assim, fomentando as potencialidades e o rico intercâmbio cultural entre as cidades e a fronteira com a Bolívia. Quero agradecer as delegações presentes pela belíssima apresentação e felicitar a comunidade pela participação, e também a equipe organizadora pela mobilização dos grupos, que proporcionou um atrativo a mais ao festival”, concluiu.