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Vendas de carros têm melhor junho da história
Por G1
03/07/2012 - 21:07

Foto: arquivo
As vendas de carros subiram 24,18% em junho na comparação com maio, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta terça-feira (3). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da história do setor automobilístico. Os resultados refletem o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), determinado pelo governo federal no último dia 21 e que valerá até 31 de agosto. Em junho foram emplacados 340.706 automóveis e comerciais leves, alvos da medida, contra 274.368 em maio. Sobre o mesmo período do ano anterior, que teve 286.912 unidades vendidas, a alta foi de 18,75%. Média de venda diária A média de vendas diárias de carros também subiu em junho para 18.000, contra 13,5 mil em maio, informa a federação. "Isso considerando a partir do dia 10, porque existiram carros vendidos em maio que foram licenciados em junho", diz Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave. Os estoques de automóveis, cujo aumento preocupava o setor e contribuiu para que o governo baixasse o IPI, ficaram na média dos 27 dias, segundo ele. "Tinha chegado a 39 dias [antes de junho], agora está praticamente voltando ao nível normal", acrescentou. No acumulado do ano, as vendas de carros somam a 1.632.483 unidades até junho, número 0,33% inferior a 2011, quando foram alcançados 1.637.899 carros no mesmo período. O primeiro semestre do ano passado foi o melhor da história. O deste ano foi o segundo melhor. Veículos Considerando também ônibus e caminhões, as vendas totais de veículos subiram 22,8% em junho sobre maio. Foram emplacados 356.201 veículos contra 287.471 no mês anterior. De janeiro a maio, houve queda de 1,17% no acumulado, passando de 1.737.099, em 2011, para 1.716.714, em 2012. Ano deve acabar no negativo Apesar do resultado positivo em junho, a Fenabrave reviu as projecões de vendas para o ano e agora espera uma queda de 1,47% no lugar do crescimento de 3,45% previsto anteriormente para veículos, considerando motos. Nos segmentos, os únicos a manter expectativa de alta são automóveis (0,55) e ônibus (16,85). Esses números estão baseados na projeção, também revisada, de crescimento menor da economia brasileira, com PIB de 2%, e não mais acima de 3%. Segmentos em queda Dentre os veículos, apenas os carros e comerciais leves apresentaram crescimento nas vendas em junho. De caminhões, foram emplacadas 10.689 unidades frente a 10.792, em maio, uma baixa de 0,95%. No acumulado dos seis primeiros meses, a queda nas vendas desse segmento foi de 16%, com as 69.543 unidades de 2012 frente às 82.821 de 2011. No segmento de ônibus, também houve recuo. Enquanto nos seis primeiros meses de 2011 foram vendidas 16.379 unidades, no mesmo período de 2012 o número chegou a 14.714, representando queda de 10,1%. Na comparação de junho com maio, a baixa foi de 21,85%, com 1.806 unidades vendidas contra 2.311. Motos O setor de motos, que é computado à parte dos veículos, também continua em queda. Em junho, a Fenabrave registrou 123.966 unidades emplacadas, menos 17,2% em relação a maio, quando foram 149.885. No primeiro semestre, a baixa foi de 7,5%, com 848.623 unidades em 2012, contra 918.208 em 2011. Ranking de marcas A Fiat segue como marca líder de vendas em 2012. Somando automóveis e comerciais leves, a empresa vendeu 361.760 nos seis primeiros meses do ano, o que representa 22,1% na participação de mercado. Com 20,6% das vendas, aparece a Volkswagen, em 2º lugar, registrando 336.433 unidades vendidas no ano. Na sequência, a GM possui 17,8%, com o acumulado de 290.477 carros. Respectivamente, em 4º e 5º lugares, estão Ford (154.697) e Renault (110.541). Financiamento de carro e moto Para a Fenabrave, nem uma possível prorrogação do IPI em agosto levaria a mudanca do cenário em relação a 2011. "Para igualarmos o ano passado, teriamos de crescer 10% em todas as categorias", diz Meneghetti. No entanto, a federação observa melhorias em alguns aspectos que pesaram na desacaleração das vendas no primeiro semestre. A aprovação de empréstimos para carros novos é um deles. "Chegou a ser de 35% dos pedidos, agora está em 55%", informa o presidente da Fenabrave. Segundo a Fenabrave, a queda no IPI e outros fatores econômicos levaram o valor da parcela do financiamento de carros novos a cair 14%. O problema continua com relação ao crédito para carros usados e motos. "Para motos, a aprovação está muito baixa, de 17%", lamenta Meneghetti. Caminhões Para caminhões, a projecão é de "crescimento simbólico", considerando que em 2011 houve antecipação de vendas em virtude da obrigação, desde janeiro deste ano, de que as montadoras fabriquem motores no padrao Euro5, menos poluente, e não mais no Euro3. "Ano passados foi esplendoroso para caminhoes. Então agora o cobertor esta curto", compara Meneghetti.
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