As primeiras análises apontadas pelo grupo socioeconômico vinculado ao subprojeto Mobilidade Urbana que tem por objeto de estudo as obras de mobilidade e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) destacam que o impacto na economia dos legados de mobilidade urbana ocorrem através de vários mecanismos, entre eles geração de renda; capacitação de novas técnicas construtivas; redução de mortalidade no trânsito e redução no custo de transporte.
De acordo com a equipe de pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) Erika Leão; Fernanda Coan, Feliciano Azuaga e pelo bolsista Ragner Cunha já é possível, sem considerar o VLT, apresentar uma estimativa do impacto do canal geração de renda. O impacto foi de aproximadamente R$ 1,3 bilhões o que significa que o valor investido, principalmente pelo setor de construção civil, de aproximadamente R$ 405 milhões, após circular por diversos segmentos da economia foi potencializado em 3,2 vezes.
Em termos de ganhos tecnológicos, novas técnicas construtivas, troca de informações, contato com novos materiais, aprendizado de métodos de monitoramento e avaliação concluiu-se que os impactos são duradouros e diretos nos segmentos empresariais, industriais e acadêmicos. A coordenadora geral do programa da Unemat sobre os legados e oportunidades da Copa do Mundo, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, professora Áurea Regina, faz questão de lembrar: “Particularmente tenho grandes expectativas de que os resultados gerem importantes produções científicas.”
Já a adequação da estrutura de mobilidade urbana para enfrentar problemas como congestionamentos, aumento do custo de transporte, mortalidade por acidentes, e aumento do tempo de deslocamento de uma frota de 250 mil veículos da região Metropolitana do Estado ainda não refletiram um resultado de imediato. Mas os pesquisadores apontam que o segmento que irá primeiro demonstrar resultados será o setor imobiliário com a valorização das áreas com melhor fluxo de tráfego.
Nem todos os resultados foram positivos, as análises preliminares também apontaram impactos negativos nas obras de mobilidade urbana. Nas principais avenidas da região Metropolitana foi identificada a redução no fluxo de clientes que gerou perdas econômicas para os comerciantes locais. Questionamentos como o custo médio de transporte, tempo de deslocamento, a renda do trabalhador comprometida com o transporte ainda não puderam ser mensurados em função do atraso nas obras do VLT.