Sistema prisional:revista íntima está vetada a partir do dia 31 em MT

Por Max Aguiar/Hipernotícias

21/07/2014 - 16:13

Foto: Marcos Lopes/Hipernotícias

A revista intima nos presídios de Mato Grosso está proibidas a partir do dia 31 de julho. Os motivos alegados são sobre constrangimento e humilhação que passam os parentes dos presidiários. De acordo com a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), várias reclamações chegaram à entidade apontados situações de vexame.

Atualmente para coibir a entrada de drogas, celulares e outros objetos proibidos no presídio, o visitante precisava ir para uma sala reservada, tirar toda roupa e agachar três vezes na frente de um agente carcerário. A presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-MT, Betsey Miranda, garante que não é necessário esse tipo de processo. “Existem outros meios que podem resolver esse problema. Um deles são os aparelhos de raios-x nas unidades prisionais”, explicou a advogada.

Sabendo das denuncias e atendendo um pedido da OAB, o secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Possas de Carvalho, determinou que a partir do dia 31 deste mês não será necessário mais que ninguém fique nu antes de entrar em uma unidade prisional.

“Temos hoje aparelhos de raios-x que detectam drogas e metais, uma raquete eletrônica para uma revista mais minuciosa e uma banqueta onde as vasilhas com comidas são colocadas. Hoje nem marmitas nós não precisamos abrir mais, apenas com a tecnologia que temos podemos encontrar os produtos ilícitos e prender quem está contra a lei”, comentou o secretário Luiz Antônio de Carvalho.

Além disso, se alguém for detectado com alguma droga no corpo o visitante será levado ao Instituto Médico Legal para fazer exame de corpo delito e se comprovado a existência será preso em flagrante.

Nos últimos dois anos, segundo Carvalho, a redução de produtos ilegais dentro das unidades reduziu cerca de 80%. Semana passada, na última revista feita na Penitenciária Central do Estado (PCE), 15 celulares foram encontrados no raio 2, local que tem aproximadamente 300 presos.

Além disso, se o agente carcerário for flagrado facilitando a entrada de celulares ou entrando com objetos proibidos também será afastado do quadro de funcionários. O bloqueador de sinal de celular já está sendo instalado e um canil foi montado na PCE recentemente. “Vamos acabar com todo tipo de ato infracional dentro das penitenciárias”, concluiu Carvalho.