PF apreende 324 quilos de pasta base de cocaína em fazenda na região de Cáceres
Por Jornal Cacerense, Diário de Cáceres e Assessoria da PF
09/07/2012 - 10:25
Cerca de 324 quilos de cocaína pura foram descobertos pela Polícia Federal na Fazenda Aguacerito, encravada na divisa entre Mato Grosso e Bolívia, no município de Cáceres.A fazenda pertence ao pecuarista Selden Silva, mas até o momento não há nada que deponha contra ele.
A droga foi jogada por uma aeronave, prática comum na região Oeste do Estado. Ela teria sido encomendada pelo Comando Vermelho e seria despachada para o Rio de Janeiro, segundo uma alta fonte da PF. O produto estaria avaliado em R$ 20 milhões.
A fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, na região de Cáceres, é considerada uma das principais portas de entrada de toda a cocaína que é produzida na Bolívia e abastece o tráfico no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outras capitais brasileiras. No ano passado, o Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou que onde existe falta fiscalização rigorosa, o crime organizado cresce. “Quando se faz uma apreensão de 300, 400 quilos de cocaína, você pode ter certeza que 20 vezes isso já passou”, disse à época o juiz Alex Figueiredo.
A maior parte da cocaína produzida na Bolívia entra no Mato Grosso pelo ar. As quadrilhas usam, cada vez mais, pequenos aviões para cruzar a fronteira e a droga, literalmente, cai do céu. “Os aviões saem da Bolívia, dão rasantes em faixas próximas a da fronteira e fazem esse arremesso do entorpecente. Não há tempo hábil para fazer essa interceptação, em várias das vezes”, destacou delegado da Polícia Federal Dennis Máximino du Ó.
Foram presos Manoel Augusto de Carvalho, brasileiro,55 anos, natural de Cáceres/MT, e Sebastião Batista Morrore, brasileiro, casado,39 anos, natural de Cáceres/MT.
Segundo a PF,A apreensão do entorpecente e a prisão dos envolvidos só foi possível graças as informações fornecidas pelo Serviço de Inteligência da Policia Federal. A operação contou com o apoio do GEFRON, POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL DE CÁCERES E POLICIAIS CIVIS E MILITARES LOTADOS NO CIOPAer. Investigações continuam com vistas a esclarecimentos acerca de possíveis cúmplices do crime.