Em tempos de eleições a quantidade de candidatos salvadores da pátria que batem às nossas portas é uma festa. São tantas promessas, tantas soluções simples que ficamos imaginando como estamos vivendo essa situação até hoje! Em Cáceres o sentimento que temos presenciado nas ruas, nas conversas de botequins ou mesmo nos centros mais esclarecidos é que não dá mais para ficar a ver navios, sem ter um representante da cidade. Nosso município não tem representatividade política há mais de 20 anos na Assembleia e tem amargado muitos prejuízos em razão disso.

Insatisfeita com a situação de estagnação vivida há longos de 20 anos, grande parte das autoridades e a população em geral acredita que, a solução seria votar e eleger um candidato da cidade; que nos representem. Porém, o curioso é que todos os candidatos, afirmam ter condições reais de eleição. Alguns chegam a afirmar que com menos de 10 mil votos estarão eleitos, que possuem os predicados necessários para ser o representante da cidade. Ledo engano.

Neste artigo, quero chamar a atenção, que apesar do discurso de termos de eleger um representante da cidade é preciso avaliar os candidatos, saber seu histórico de vida, fazer uma análise mais profunda das chances reais de eleição de cada um e assim dar de fato o voto útil. O voto útil não é somente votar em quem é da cidade, mas é votar em quem tem condições de se eleger, pois do contrário estamos dando votos que vão somar (fazer legenda) para outros candidatos. E, nós aqui vamos amargar mais quatro anos sem um representante.

Outro ponto que precisa ser pesado nessas eleições é que a nossa região, que hoje conta com três deputados, corre o risco de ficar sem nenhum representante. Se não vejamos: o deputado Antônio Azambuja, não é candidato a reeleição, o deputado Ezequiel Fonseca, disputa uma vaga na Câmara Federal e Airton Português não vive uma situação tranquila quanto ao registro da sua candidatura. Aliado a isso, ainda vivemos o registro de seis candidaturas de Cáceres, além das candidaturas regionais e o que é ainda pior: temos presidentes de partidos políticos que estão trabalhando e pedindo votos para candidatos de outras regiões. Vamos pensar. Temos que ser inteligente e agir com consciência.