Os docentes do Curso de Medicina da Unemat montaram uma comissão para ajudar os alunos no diálogo com a Coordenação do Curso de Medicina e com a Direção da Faculdade de Ciências da Saúde. Os professores são representados pela Drª Catarina Maria Mesquita Garcia Dalbem, Drª Cassia Dalbem Teles, Drª Heloisa Miura e Dr. Marcio Garcia Barroso.
Neste sábado à tarde, 11, alunos e a comissão de docentes estiveram reunidos por quase quatro horas para conversar sobre as reivindicações dos estudantes. O encontro também foi uma oportunidade para esclarecer boatos que ocorreram durante a greve.
Os docentes mostraram-se preocupados com a situação e apontaram sugestões ao movimento dos estudantes. Para eles, os pedidos são justos, porém uma greve prejudica alunos, professores e a equipe da universidade. Por isso, é preciso uma união de todos para que as soluções sejam encontradas.
Os estudantes explicaram que alguns pontos são imprescindíveis para que a negociação avance. Entre eles, estão a entrega do calendário de reposição de aulas dos conteúdos que ficaram pendentes, a entrega do Projeto Político Pedagógico completo, a aquisição de bibliografia mínima para as atividades e os planos de ensino também completos.
Em resposta, os professores comprometeram-se a tentar ajudar os alunos no que for possível para que as melhorias para o Curso de Medicina ocorram. Segundo eles, algumas ações são prioridades, e outras reivindicações podem ser negociadas e acompanhadas ao longo das próximas semanas.
Os alunos também pediram o apoio dos professores para o encaminhamento de outras questões importantes para o Curso, como a qualificação dos docentes, cumprimento de carga horária pelos professores, acesso à base de dados da Saúde, revisão da seleção de vagas remanescentes, construção do bloco do Curso de Medicina e construção do biotério.
Outros itens importantes requeridos pelos alunos já haviam sido combinados em audiência de conciliação e estão em uma discussão mais avançada com a gestão da Unemat. Entre eles estão as pautas de recursos humanos, peças anatômicas humanas, oficialização do hospital ensino, regularização de convênios, acesso à internet wi-fi, vacinas e identificação estudantil. Questões como alimentação no campus e transporte coletivo ainda requerem mais discussão, assim como a criação da Faculdade de Ciências Médicas.
Para os estudantes, a reunião com os docentes foi muito positiva. Os acadêmicos entendem a importância dos professores para a universidade, e a reunião reforçou que a atuação deles é fundamental para a melhor formação dos alunos.
A greve completa 61 dias neste domingo, e a possibilidade de um auxílio dos professores para as negociações avancem foi considerada pelos acadêmicos de Medicina como um importante apoio para a conquista de melhor qualidade de ensino e para resgatar o diálogo entre os alunos e a gestão da Unemat.