Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
A fé que nasce do amor
Por por Clarice Navarro
15/11/2014 - 12:11

Foto: arquivo

Falta pouco para passarmos -eu e minha família, por mais uma etapa, uma etapa que espero eu, ser a última de um período de muita dor.

Todos os dias, ao dormir, ao acordar, eu penso na fé. Na fé que tenho na vida, na fé que nasce do amor e que, mesmo quando estamos fragilizados, faz com que nos tornemos gigantes. Não tenho maiores ambições na vida, e a que considero prioritária é a paz de espírito, que advém da união familiar, do amor (recíproco) com os filhos, aquela paz quase palpável que paira no ar quando uma neta sorri e deixa seu mundo cheio de luz.

Foram anos difíceis, quem conhece um pouco da minha vida sabe que a luta foi árdua. Então, neste pouco tempo que falta, quero pedir aos amigos, e sei que os tenho, que orem comigo e por mim. Pois eu sei que o Deus a quem eu sirvo está me sustentando para mais esta luta.

Seja qual for o resultado, que seja feita a vontade dEle. A nós, cabe aceitar e readequar a vida dependendo da decisão. E viver. Viver! Quem passa por problemas semelhantes aos que passei, aprende a ter paciência. Sabe que é importante não deixar de dançar, de cantar sob o chuveiro, de sorrir. Mas quando caminha, o faz com mais cuidado, um passo de cada vez.

Fui uma criança amada e feliz, com uma infância de encantamento. Realizei os planos de fazer a faculdade que escolhi, e de ser mãe, aprendendo como a maioria, a conciliar o "ser mãe" e trabalhar fora. Não fui perfeita, nem quis ser. Mas o amor que tinha e tenho em mim, sempre será dos meus filhos. Por eles, avanço e recuo. Sorrio e choro. Sou mãe, como todas. E no ventre, também como todas, carrego a coragem.

Venha o que vier, estarei aqui. Conheço o arrependimento do filho que errou, acompanhei seu amadurecimento (na dor), e ainda considero que ele esteja acontecendo. Todos nós, em qualquer idade, aprendemos um pouco a cada dia.

Minha amiga Tânia Nara Melo me cobrou um artigo, e eu deixo uma mensagem. Nela, estão contidos vários pedidos. O de perdão a quem magoamos, o de oração, que sempre alivia as dores da alma, o de compreensão e tolerância. Nesta mensagem, ficam ainda agradecimentos a todos os que de forma incondicional me deram forças. Sem julgar, sem cobrar. Exerceram com maestria o papel de amigos. Não foram poucos e com muitos conto até hoje.

Então, cabeça erguida. As portas do futuro estão abertas. Sem sofrimento, portanto, pois só saberemos do amanhã quando ele chegar. Sem lamentações, pois basta ao dia o seu próprio mal.

 

Clarice Navarro, jornalista

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