Profissionais da área de saúde, operadores de Direito, delegados de polícia, investigadores, alunos de medicina e de Direito, ganharam recentemente um novo subsídio para responder eventuais questionamentos sobre perícia criminal: o Atlas da Medicina Legal.
O guia, que soma mais de 1.400 páginas e mais de 5 mil fotos, foi elaborado pelos médicos legistas Manoel Francisco de Campos Neto e Jorge Paulete Vanrell, que já apresentaram o livro em várias cidades, como São Paulo, Cuiabá e Florianópolis.
Editado com fotos em alta definição, o Atlas de Medicina Legal revela sinais e lesões pouco conhecidos por muitos profissionais das áreas médica e forense. "Esse trabalho pode ser considerado um divisor de águas na Medicina Legal do Brasil. Seu conteúdo é de fácil entendimento e também pode ser utilizado por médicos de outras especialidades, juízes, promotores, peritos criminais, delegados, advogados e alunos de Medicina e de Direito", avaliou Campos Neto.
A ideia de escrever o livro, segundo os autores, nasceu quando perceberam que as cidades com menos de 50 mil habitantes não contam com especialistas em Medicina Legal, obrigando judicialmente os médicos de outras especialidades a atuarem como tal. “Se o médico não tem capacitação para desenvolver a perícia médico-legal, você certamente terá um laudo de má qualidade. A consequência será a de soltar o culpado ou a de prender o inocente”, afirma Campos Neto.
Outro fator que também estimulou a produção do material foi a retirada da cadeira de Medicina Legal da grade curricular dos cursos de Direito por todo o país.
O Atlas de Medicina Legal já pode ser encontrado nas principais livrarias do Estado.