Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Mato Grosso vive endemia de hanseníase, afirma deputado
Por assessoria
13/05/2015 - 15:36

Foto: ilustrativa
 

“Mato Grosso tem o maior índice de pessoas com hanseníase do país”, alerta Doutor Leonardo

 

O deputado estadual, Doutor Leonardo Albuquerque (PDT/MT) levanta a bandeira de luta contra a hanseníase e pretende por meio de uma audiência pública sobre este tema, dar início a uma série de ações para combater os índices altamente endêmicos da doença no Estado. O evento acontecerá no dia 18 de maio, às 15 horas, no auditório Milton Figueiredo, da Casa Cidadã e é aberto a todos os cidadãos.

 

O parlamentar explica que quando atuava como médico do Sistema Único de Saúde (SUS), no município de Cáceres (220 km da capital,) viu muitos pacientes receberem diagnóstico tardio da doença. “Agora estamos criando este ambiente de discussão e vamos propor a união dos entes envolvidos para criar campanhas eficazes contra a doença”, disse o deputado.

 

Mato Grosso lidera o ranking brasileiro como Estado mais endêmico, com oito casos a cada dez mil habitantes, sendo que para a Organização Mundial de Saúde o aceitável seria menos de um caso por dez mil habitantes.

 

Doutor Leonardo alerta que a situação é grave. “Epidemia é quando ocorre um surto da doença, não vivemos mais um surto, trata-se de uma doença crônica que se estabeleceu há anos e não reduz seus índices significativamente. A hanseníase é endêmica em nosso país e hiper endêmica em Mato Grosso. Está em nível desastroso quando comparado ao preconizado pela OMS”, enfatiza.

 

A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz há 28 anos e consultora do Ministério da Saúde sobre as políticas públicas do setor, Doutora Euzenir Nunes Sarno ressalta que são vários os fatores que contribuem para o país manter-se no segundo lugar no número de casos de hanseníase, ficando atrás somente da Índia.

 

Entre eles, a pesquisadora cita: falta de políticas públicas de resultado e com continuidade; falta de mobilização dos setores públicos; preconceito do paciente para com a doença; falta de diagnóstico em fase inicial; e, principalmente, falta de decisão política de atacar o problema como prioritário.

 

HANSENÍASE- Uma das doenças de pele mais antigas da história da medicina, a hanseníase apesar de mostrar declínio, ainda é considerada um problema de saúde pública. Causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae (M. Leprae), ela é uma doença crônica e infecciosa, que afeta especialmente a pele e os nervos.

 

O diagnóstico da doença ainda é tardio, fator esse que contribui para a manutenção da cadeia de transmissão, além de aumentar as chances de deixar o paciente com incapacidades físicas.

 

O preconceito e o estigma da hanseníase estão ligados, em grande parte, a essas seqüelas adquiridas pela detecção tardia e também pela falta de tratamento.

 

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