O avô e um tio (acompanhado pela esposa), procuraram na tarde de ontem, por volta das 16 horas, a Casa da Criança Raio de Luz de Rio Branco, afirmando que querem a guarda da pequena Vitória, a recém nascida encontrada na última sexta-feira, ao amanhecer, em uma lixeira em frente a uma casa localizada na área central de Rio Branco. A menina estava ainda com o cordão umbilical, nua, suja de sangue e fezes, e tremia de frio. Socorrida pela Polícia Militar, que foi acionada por pessoas que ouviram seu choro, a criança ficou três dias hospitalizada. Quando chegou ao hospital, estava com os batimentos cardíacos fracos, devido ao frio. Se o resgate demorasse mais um pouco, provavelmente a menina não teria chances de viver.
Vitória esta bem, já ganhou peso, além de muitas doações como roupas, leite, fraldas. Também já ganhou peso. O avô e uma tia já haviam ido visitá-la, mas não tinham demonstrado interesse em sua guarda. Ontem a situação mudou com a chegada desse tio, que mora em uma cidade da região. O avô mora em Rio Branco.
A família foi orientada pela assistente social Lucimar Justino dos Reis, responsável pelo abrigo, e procurou o Ministério Público Estadual para se informar sobre os procedimentos necessários. No entanto, a Polícia Civil ainda não encontrou a mãe da menina, uma jovem de 20 anos. Vitória é sua primeira filha e foi deixada na lixeira,segundo estimativa devido ao estado da criança, por volta das quatro horas da manhã –ela ficou exposta, sem proteção alguma, por mais de duas horas.
A mãe continua sendo procurada para ser ouvida. O avô é viúvo, e o tio que procurou o abrigo é irmão da mãe da menina.
Segundo Lucimar, eles afirmaram que “querem a criança de qualquer jeito”, e que ela explicou que não é tão simples. “A polícia precisa primeiro encontrar a mãe para ser ouvida e explicar os motivos e as circunstâncias que a fizeram abandonar a filha.Também é preciso a comprovação do parentesco como o exame de DNA e isso quem decide é a Justiça.”-concluiu a assistente social. O avô informou que não sabia que a filha estava gestante.
A procura por informações sobre a possibilidade de adotar Vitória está vindo não só de municípios da região –muitas pessoas vão visitá-la e manifestam o interesse, mas também de todo o país. “pessoas ligam de todo lugar buscando informações”-disse a assistente social.