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Marinha vai investigar acidente ocorrido domingo no rio Paraguai
Por Diário de Cáceres
23/06/2015 - 18:35

Foto: Agência Fluvial de Cáceres

barco com casal virou, e marido foi atacado por jacaré quando tentava salvar sua mulher. Ela estava grávida de três meses e morreu afogada. Na foto, o colete usado por Evelyn

O capitão-tenente Ronaldo Lima, comandante da Agência Fluvial de Cáceres, informou hoje que a Marinha está utilizando todo o trabalho que vem sendo feito pela Polícia Civil, Instituto Médico Legal, assim como laudo do Corpo de Bombeiros, e fazendo também suas próprias diligências, em relação ao acidente ocorrido no domingo, no rio Paraguai, que causou a morte de uma mulher por afogamento e ferimentos no marido dela, que foi atacado por um jacaré.

O pescador Evandro Pinho de Almeida deixou o Hospital Regional hoje por duas horas, para acompanhar o sepultamento do corpo de sua esposa, Evelyn de Souza Machado, de 22 anos que morreu no final da tarde de domingo. Ela morreu afogada e o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo boiando, a 15 km do local do acidente, hoje às 10:30h. Ela foi sepultada às 14:30h no Cemitério Pax Silva.

Após o enterro o pescador voltou para o hospital, pois ele está tomando medicação para conter a infecção no braço direito, provocada pelas mordidas de um jacaré que o atacou. Ele e a mulher pescavam quando uma embarcação grande passou, causando uma marola que virou o barco do casal. Evelyn não sabia nadar e foi segurada pelo marido, que a levava para a margem quando sofreu o ataque do jacaré. Ele foi puxado para o fundo do rio e ao conseguir emergir, não viu mais a esposa.

O acidente aconteceu perto do clube da Affemat. O pescador conseguiu chegar até a margem e foi socorrido.

O corpo de Evelyn estava com varias escoriações, e seu rosto, desfigurado. Ela não tinha o hábito de usar o colete salva vidas, mas neste dia chegou a colocar um, só que não amarrou, e ele se desprendeu. Os bombeiros acharam o colete, todo rasgado. Não foi descartada a hipótese de que Evelyn, que estava grávida de três meses, também tenha sido arrastada pelo animal.

O comandante da Marinha afirmou que a Capitania Fluvial do Pantanal, localizada em Corumbá-MS, irá instaurar o inquérito para averiguar as causas do acidente. “Vamos tentar chegar até a embarcação grande, e tentar descobrir se houve imprudência, negligência ou imperícia. De qualquer forma, a velocidade para uma embarcação no perímetro do rio que está localizado na zona urbana- e o local do acidente está- é de dez km por hora. Agora nossa equipe está tentando achar a embarcação do casal, que afundou e precisa de perícia, e também estamos buscando ouvir testemunhas”.

 

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