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Para o deputado doutor Leonardo, ausência do Conselho mudou o curso das OSS
Por Lis Ramalho/assessoria
08/07/2015 - 12:46

Foto: assessoria

O Conselho de Saúde fez parte do processo de aprovação para implantação do modelo de gestão, mas, depois da efetivação começou a ser deixado de canto

 

A sétima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), responsável pela investigação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) convidou os membros do Conselho Estadual de Saúde (CES), Carlos Alberto Eilert e Ana Maria Boabaid de Carvalho Couto, para colaborar com os andamentos dos trabalhos.

 

O Conselho fez parte do processo de aprovação para implantação deste modelo de gestão, em Mato Grosso, mas, depois da efetivação começou a ser deixado de canto. Segundo a conselheira, foi criado uma Comissão Especial, contudo, a mesma não está prevista em Lei e não tem legitimidade para deliberar.

 

“A Comissão deve estudar, fazer os diálogos necessários e encaminhar ao Pleno do Conselho que tem o papel de deliberar e propor, mas isso não aconteceu. Não foi respeitado o regimento interno e as leis que prevê a participação efetiva do órgão como controle social, na avaliação dos contratos, aditivos e os recursos a serem liberados aos hospitais regionais”, explicou.

 

O presidente da CPI, deputado doutor Leonardo destacou que se o Conselho tivesse de fato participado logo após a implantação das OSS, o modelo de gestão poderia ter dado certo. “O Conselho é um órgão de controle, que representa o cidadão, o usuário do sistema. Se tivesse sido ouvido, com certeza alguns temas de hoje não seriam discutido nessa CPI”, ressaltou.

 

Ana Maria informou ainda, que o CES fez duas resoluções para que fosse cancelado o modelo de gestão. “Como não estava sendo respeitada a prerrogativa que o Conselho possui por Lei, pedimos a suspensão das OSS no estado. Encaminhado a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e ao Governo do Estado, contudo, não tivemos nenhuma resposta. Dessa forma, encaminhamos ao Ministério Público do Estado (MPE), que também ainda não nos deu um retorno”.

 

Vale destacar que o CES é um órgão colegiado, de decisão superior, de caráter permanente e deliberativo, com objetivo de acompanhar e avaliar a execução das ações da saúde. Aos conselheiros cabe ainda, formular prioridades da política do Sistema Único de Saúde (SUS) em conjunto com a equipe de saúde da gestão governamental.

 

RECESSO E OITIVAS

 

Na próxima semana, a Assembleia Legislativa entrará em recesso parlamentar, porém, os trabalhos da CPI, segundo doutor Leonardo, continuarão. A Comissão deve convocar para agosto um representante do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Mesmo a Casa em recesso, nós continuaremos nossos trabalhos, pois temos documentos com mais de 30 mil páginas, que exige um estudo minucioso. As oitivas ficarão somente após o fim do recesso, ao qual vamos convocar um representante do TCE, uma vez que é primoroso o relatório do órgão, de 2011 a 2013”, disse o parlamentar.

 

 

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