A família Castro e o bulldog “Wando”: cãozinho tem que estar saudável para brincar com o Joaquim
Em Cuiabá, os animais de quatro patas, cães e gatos, também podem dispor de plano de saúde e serviço funerário. Isso mesmo! Terem assegurada a assistência médica, hospitalar, estética e, ao final da vida, um sepultamento digno.
No caso da assistência em vida, além do atendimento com consultas, internações, cirurgia, exames e vacinas, por exemplo, os bichinhos têm banho de ofurô, massagem e diária em hotelzinho, entre outros serviços.
No pós-morte, para o enterro há opção de urnas funerárias em diferentes cores e decoradas com figuras e outros adereços.
Os preços não são nem um absurdo, mas o acesso a esses serviços ainda pode ser considerado um privilégio. É que além da questão financeira, a adesão depende muito da maneira como o dono entende a relação do homem com os animais.
Vaniele Fior de Castro e Lisandro de Castro, donos de Wando, um bulldog inglês de pouco mais de dois anos, gostaram tanto do plano de saúde que até já vão renovar a assistência por mais um ano.
O casal, que tem um filho, o pequeno Joaquim, de um ano e quatro meses, conta que além dos procedimentos de rotina, como consulta, vacinas e exames, Wando já precisou ser internado emergencialmente.
O cão intoxicou-se ao engolir peças de um brinquedo e teve de passar por internação para lavagem estomacal.
Se não tivesse a cobertura do seguro saúde, recorda Vaniele, os gastos teriam chagado a quase R$ 1 mil. Eles pagam pouco mais de R$ 80 por mês pelo plano.
Além da preocupação com a saúde do animal, Vaniele diz que pensou também no filho. Wando e Joaquim adoram brincar juntos, por isso o animal precisa estar bem cuidado e saudável.
Por causa da pouca idade do filho e do tamanho do cachorro, as brincadeiras entre ambos só acontecem sob a supervisão da mãe, do pai ou de ambos. Wando já está segurado há dois anos.
SALÃO - Já o pequeno Rico, da raça Yatsu, há quatro meses tem tratamento vip de estética. Uma vez por semana o pet é recebido no “salão” cuidados com a higiene e beleza.
O dono de Rico, Paulo Rufino Bezerra, conta que fez as contas e percebeu que, sem o plano, estava gastando bem mais com os cuidados ao seu bichinho de estimação.
Paulo paga menos de R$ 100 ao mês e seu animal tem direito a um banho semanal, tosa, consultas, vacinas, entre outros serviços.
A aposentada Gilda Cocarelli Pacheco não pensou duas vezes quando descobriu que seu cachorrinho amado, o Toy, um yorkshire, poderia ter um sepultamento digno. O cãozinho que viveu com a família por 16 anos, morreu de um ataque cardíaco fulminante.
“Ele era a alegria da casa, eu sempre pedia a Deus quando chegasse a hora de ele ir embora, que não passasse por sofrimento, dor”, conta. Gilda comprou o caixão, ajudou a dona da funerária a acomodar o animal e cobriu o corpo dele com flores. Depois, houve o enterro no jardim de uma propriedade da família. Ela pretende fazer o mesmo quando sua cachorrinha Sofia, de 10 anos, morrer.