Investigações levaram a Polícia Civil a prender um dos assassinos mais perigodos, violentos e frios das últimas décadas em Mato Grosso. Sozinho ele confessa já ter matado, pelo menos 11 pessoas e ainda baleou outras quatro em apenas dois anos de atuação criminosa Um assassino frio. Um herói, segundo as tradições do submundo do crime em relação ao bandido que mata policial. Antes de matar o “Manezinho”,em junho deste ano, Izaias Pereira Duarte, o “Caverninha” de apenas 19 anos, já havia matado outras dez pessoas, entre elas dois policiais militares. Ele ainda está envolvido em pelo menos outras quatro tentativas de assassinatos, e se estivesse preso e condenado há mais de 400 anos de prisão, teria que ficar ao menos 30 anos atrás grandes e não teria matado o policial e outras pessoas. “Se o Caverninha tivesse sido preso e condenado logo que ele cometou o primeiro assassinato, e isso não faz muito tempo, pois ele só tem 17 anos, automaticamente ele não teria cometido todos esses homicídios e essas tentativas de assassinatos. Ou seja, a impunidade mais uma vez fez muitas vítimas”, comentou o vendedor Edson, de 30 anos, morador de Cuiabá. E mais uma vez vem à tona uma questão polêmica. É preciso morrer uma pessoa muito conhecida, principalmente uma autoridade como o policial civil “Manezinha”, para a Polícia começar a agir e só parar quando o bandido estiver preso. Foram precisos 11 homicídios para que “Caverninha” fosse preso em flagrante no município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá). Um policial que pediu para que não fosse divulgada nem de que Polícia ele trabalhava, lembrou algumas coisas quer se encaixam perfeitamente com a palavra impunidade. Falta de consciência, tanto da Polícia como da Justiça. “Eu já havia ouvido gente falar, ele só está matando bandido, que mate todos. Um dia ele também morre”, observou Se “Caverninha” tivesse sido preso, como aliás foi, e tivesse ficado os três anos conforme a lei da Infância e da Juventude permite em caso de presos ele não teria matado, pelo menos dez pessoas e tentado matar um monte de gente. “Ele mesmo, (o “Caverninha”), conta que começou a matar aos 17 anos. Logo foi preso. Se tivesse ficado os três anos que a lei permite preso, só sairia com 20 anos. Portanto, muitas vidas, inclusive a de três colegas policiais teriam sido poupadas”, desabafou o policial . E o mesmo policial alerta. “Esperamos que a Justiça uma todos os crimes que ele cometeu e também unifique as penas, que com certeza vão passar dos 400 anos de cárcere. Ai sim, ele (o “Caverninha”) vai ficar, pelo menos 30 anos atrás das grandes e não vai mais matar ninguém. A não ser que mate seus próprios companheiros de cela”, concluiu.