O Tribunal de Contas de Mato Grosso e os Observatórios Sociais de Cuiabá (Obs), Rondonópolis, Sorriso e Cáceres assinaram Termo de Cooperação Técnica com objetivo de capacitar seus integrantes e criar um canal de comunicação direta para fornecimento de informações, consultas e eventuais denúncias, além de ações conjuntas em prol da transparência pública e do controle social dos gastos públicos. A solenidade de assinatura dos termos aconteceu nesta quinta-feira (14/04), às 16 horas, no auditório da Escola Superior de Contas quando também serão assinados Termos de Ajustamento de Gestão com gestores de 30 Prefeituras e 30 Câmaras Municipais de Mato Grosso para a regularização da Lei de Acesso à Informação.
Os observatórios Sociais são entidades da sociedade civil organizada, com personalidade jurídica que utilizam uma metodologia própria. Foram premiados pela Organização das Nações Unidas – ONU, em 2009, como o melhor projeto de atuação social no controle dos gastos públicos. São filiados à Rede OSB (Observatório Social do Brasil) e estão presentes em mais de 90 cidades e de 15 estados brasileiros. "São recentes, criados inicialmente no sul do país e "que têm objetivo claro de combate à corrupção. São interessantes porque esses observatórios podem colaborar com o controle externo, ser agente de mudança e de valorização da ética e da responsabilidade", define a secretária de Articulação Institucional do TCE-MT, Cassyra Vuolo.
Vínculo institucional do TCE-MT com a sociedade civil, a SAI vem trabalhando com os observatórios sociais de Mato Grosso há alguns anos. "A proposta dos observatórios nesta parceria com o TCE é de facilitar o entendimento entre o controle externo e o controle social quanto à fiscalização, normas, legislação, acesso às contas públicas dos municípios e informações que podem ajudá-los a controlar os gastos", explica Cassyra.
Os Obs e o TCE também deverão discutir a padronização de nomenclatura dos materiais para compras públicas e na forma de divulgação das prestações de contas públicas.
Entre as ações e programas que devem ser incluídos nos portais transparências e que constam nos TAGs estão: divulgação das peças orçamentárias e as informações relativas à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações; gravações dos relatórios de receita em formatos editáveis tais como planilhas eletrônicas e texto, de modo a facilitar a análise das informações.
O presidente Antonio Joaquim ressalta que "a lei é complexa, moderna, possui muitos dispositivos, por isso a necessidade de dar um prazo para que os gestores façam a adequação. Mas a LAI tem que ser cumprida, é preciso dar transparência quanto aos gastos realizados, folha de pagamento, contratos, obras, serviços, licitações, de forma ágil, fácil para o cidadão", afirmou.