Pressionada por quase 400 servidores, liderados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), a atual administração de Cáceres, decidiu abrir diálogo com a categoria, que se reuniu na manhã desta segunda-feira, 18, em Assembleia Geral para cobrar o não atendimento de uma extensa pauta para qual a gestão não dá ouvidos há mais de ano.
Mas, para que as negociações pudessem ter início, foi necessário que os servidores se deslocassem da sede do SSPM para o gabinete do prefeito.
Do lado de fora, eles foram recebidos pelos secretários Nelci Longhi (Educação), Roger Pereira (Saúde), Marli Ferreira (Administração), Procuradora Geral, Helizangela Pouso, Wilson Kishi(Governo), e pelo Assessor Especial Átila Gattass.
Após as cobranças dos servidores, a secretária Marli Ferreira aceitou receber a direção do SSPM nesta terça-feira, 19, às 8h, para tratar da questão do pagamento das férias sem os descontos do Sindicato, o que está prejudicando 139 servidores e provocando um rombo de quase R$ 100 mil nas contas da entidade.
Ela admitiu a possibilidade de buscar um meio para resolver a questão.
Quem também aceitou dialogar com servidores, especificamente os professores, foi a secretária Nelci Longhi. Na quarta-feira, 20, a partir das 14h, ela se comprometeu em se reunir com representantes da categoria na sede SSPM, para tratar da portaria 108/2016, editada recentemente que determina a realização de 20% de hora/atividade, com aula de reforço. A pauta da reunião também incluiu a licença prêmio e outros assuntos.
Por exigência da categoria, os representantes da Administração aceitaram analisar todos os itens da pauta de reivindicação e dar uma resposta a todos os questionamentos. O posicionamento do Executivo será repassado aos servidores em uma Assembleia Geral que ficou marcada para o dia 27, a partir das 8h na sede do SSPM.
Diretores do SSPM e uma dezena de servidores que usaram o microfone, não pouparam críticas ao tratamento dado pela atual gestão aos trabalhadores do município.
O presidente do Sindicato, Claudiney Lima criticou a tentativa de intimidação da categoria por parte do prefeito.
Já professora Noeli Sonaque, convocou os colegas a se mobilizaram e se juntarem ao Sindicato para brigarem por seus direitos.
‘Somos concursados, temos direitos e não podemos aceitar pressão’, desabafou.