O deputado Dr. Leonardo (PSD) propôs uma audiência pública para debater questões relacionadas ao "status sanitário" dos estados fronteiriços, que podem apresentar doenças ou agentes infecciosos de interesse veterinário, colocando em risco a agropecuária brasileira.
Coordenador geral da Câmara Setorial Temática (CST), que discute fronteira Brasil/Bolívia e Zona de Processamento de Exportação (ZPE), o parlamentar destacou a importância do tema, tendo em vista que, em 2006, Cáceres passou pela "Zona Tampão", quando o município ficou impedido de exportar carne. A audiência pública "Fitossanidade e Saúde Animal na Faixa de Fronteira" está marcada hoje (27/10), às14h, na Câmara Municipal de Cáceres.
As discussões serão para elaborar um conjunto de ações juntamente com os governos, órgãos e entidades públicas e privadas, de ambos os países. O parlamentar defende que seja feito um estudo de estratégias sanitárias.
"Essas questões são muito importantes em regiões de fronteiras internacionais, que são vulneráveis à entrada de animais, seus produtos e subprodutos de forma clandestina e esses podem conter novas variantes de agentes infecciosos e doenças veterinárias, que podem causar prejuízos ao país que esteja recebendo esses itens. Essa é uma preocupação antiga da nossa região", ressaltou.
Foram convidados para esta audiência o Ministério Abastecimento, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Prefeituras da região fronteiriça, deputados federais e estaduais, senadores, Secretaria de Estado de Saúde (SES), Superintendência de Vigilância e Saúde, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade de Mato Grosso (Unemat), Sindicato Rural, Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (Senasag), Prefeitura de San Matias, Cônsul da Bolívia e autoridades bolivianas.
"É necessário essa união para criarmos medidas de monitoramento e controle de prevenção e controle das doenças. Definir regras de saúde animal mais abrangente, com um quadro mais forte, transparente e sustentável em relação à Fitossanidade e Saúde Animal, com a criação de políticas públicas mais consistentes", destacou.