Universidades federais: mobilização perde forças no país
Por Diário de Cuiabá
04/09/2012 - 05:49
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se reúnem em assembleia amanhã para definir novos rumos à greve, que já alcançou a marca de 110 dias.
Embora os docentes no Estado venham resistindo e devam optar pela continuidade da paralisação, a tendência é que o movimento nacional, que hoje tem 52 instituições de ensino superior paradas, perca força.
O fim gradativo da greve nacional deve ser anunciado até esta sexta-feira, uma vez que o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) determinou que as assembleias regionais ocorram, no máximo, até depois de amanhã.
As primeiras instituições a retomarem as aulas foram as universidades federais do Rio Grande do Sul, de São Carlos, de Ciências da Saúde de Porto Alegre, de Brasília e do Ceará. Em Santa Catarina e em São Paulo as atividades foram retomadas parcialmente.
Entre os motivos para o enfraquecimento das manifestações está a decisão do governo Federal de enviar ao Congresso, mesmo contra a vontade dos professores, a segunda proposta de reajuste salarial e reestruturação da carreira.
Diante da decisão, o Andes-SN orientou os comandos regionais de greve a analisar o projeto de lei para definir os próximos passos da manifestação, além de manter protestos que pressionem pelo retorno das negociações.
O governo, por sua vez, já considera as negociações encerradas desde o dia 3 de agosto, quando foi assinado o acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que definiram pelo fim da greve na última sexta-feira (31).
Para a próxima semana, a União já planeja uma série de reuniões de onde devem sair novas normativas para greves dos servidores públicos. O debate ocorre logo após cerca de 250 mil servidores federais retornarem ao trabalho depois de dois meses de greve.