A uma semana da posse e a eleição da nova Mesa Diretora de Câmara, a situação permanece indefinida, em Cáceres. Pelo menos, cinco candidatos – três da base governista e dois da oposição – articulam, internamente, para assumir a presidência. Pelo lado do grupo que apoiou a candidatura vitoriosa à reeleição do prefeito Francis Maris Cruz (PMDB), os candidatos são três ex-secretários municipais: Valter Zacarkim (PTB), Obras; Rubens Macedo (PTB), Esporte e, Claudio Henrique Donatoni (PSDB), Ação Social.
Pela oposição estão na disputa o empresário José Eduardo Torres (PSC) e o vereador reeleito Domingos dos Santos (PSB). A posse dos vereadores eleitos e reeleitos está programada para a partir das 17h do dia 1º de janeiro de 2017 na sede do ginásio de Esportes da Cidade Universitária da Unemat. A chapa vencedora irá presidir o legislativo municipal no biênio 2017/2018.
O discurso inicial de um nome de consenso está, praticamente, fora de cogitação. A partir da legislatura que terá início no dia 1 de janeiro, o número de integrantes do parlamento passa de 11 para 15. De acordo com o Regimento Interno da Casa, será eleito o candidato que conseguir a maioria simples. Ou seja, a partir de 8 votos. A posse do novo presidente que substitui o vereador Marcinho Lacerda (PMDB) ocorre logo após o resultado da eleição interna.
Detentor da maior votação, o fiscal do trabalho Césare Pastorello (PSDB, diz que “o presidente sou eu. Mas só na primeira sessão por ter sido o mais votado pelo povo” diz acrescentando que “gostaria de assumir a presidência, mas isso deverá vir de um consenso” afirma assinalando que “é claro que eu tenho minhas ideias para administração da Casa, ainda que não seja presidente, vou propor e acompanhar e a transparência, economicidade, eficiência e produtividade”.
A estratégia usada pelos candidatos de oposição é de que, sendo eleito um dos candidatos da base governista, a Câmara passará a ser um “puxadinho” da prefeitura, levando em conta que os três candidatos – Rubens Macedo, Claudio Henrique e Valter Zakarquim – são ex-secretários municipais próximos ao prefeito. Por outro lado, os governistas se defendem assinalando que isso não irá ocorrer e que, a proximidade com a administração irá facilitar ainda mais a aprovação de projetos de interesse da comunidade.
Embora tenha se reunido constantemente com os vereadores, principalmente, da base governista, o prefeito Francis Maris, reafirma que não irá interferir na eleição.
“Creio que todos estão preparados para assumir a presidência. Mas, terá o meu apoio o candidato que tiver o apoio dos demais. Um candidato de consenso” afirmou enfatizando ainda que “espero que o próximo presidente seja alguém que tenha real interesse pelo município. Que não atrapalhe o desenvolvimento segurando projetos de interesses da população, como ocorre com a atual legislatura” disse afirmando que “por questões meramente políticas, a maioria dos atuais vereadores deixaram de votar projetos de relevância como o lotacionograma e o de saneamento básico”.