Três presos ligados ao PCC, jurados de morte pelo Comando Vermelho, foram transferidos da cadeia de Pontes e Lacerda, para Cáceres. A remoção dos detentos foi realizada na tarde de sábado (28) após as forças de segurança- Polícia Militar e Civil- agir rápido e conter o começo de uma rebelião na unidade prisional, local.
O desentendimento entre as facções teve início na sexta-feira (27). De acordo com o diretor da cadeia de Cáceres, Revétrio Francisco da Silva, os presos do Comando Vermelho, ameaçavam invadir as celas para executar os líderes do PCC.
“As forças de segurança agiram rápido impedindo o motim. E, para evitar possíveis confrontos, decidimos transferir os presos jurados de morte para cadeia de Cáceres” afirmou assinalando que, a exemplo das demais unidades prisionais das cidades da fronteira, a maioria dos reeducandos está recolhida por envolvimento com tráfico de drogas.
Revétrio reafirmou que na cadeia de Cáceres, onde existem cerca de 100 presos ligados ao Comando Vermelho e 30 do PCC, eles são mantidos em celas separadas para evitar confrontos.
“Além de medidas preventivas como a manutenção dos presos das facções em celas separadas, sem nenhum contato, e horário diferenciado do banho de sol, dispomos do Grupo de Intervenção Rápido (GIR) formado por agentes especializados para conter qualquer distúrbio da unidade” diz.
O diretor ressalta que, para aumentar ainda mais a segurança do complexo prisional, estão sendo reativadas as câmeras de monitoramento nas partes interna e externa do prédio. As câmeras foram instaladas há cinco anos. Por falta de manutenção foram desativas. Com a crise carcerária, serão reativadas. Revétrio diz que, apesar da tensão, a situação está sob controle.
“Pequenos desentendimentos, entre alguns presos, existem diariamente, em uma cadeia como, superlotada, com mais de 500 reeducandos. Mas, nada de anormal. Apesar da tensão a situação está sob controle” garantiu.