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SES afirma que não há surto de febre amarela em MT
Por Aline Almeida
27/01/2017 - 09:39

Foto: Ilustrativa

O surto de febre amarela que tem se espalhado pelo país e que já é o maior em 14 anos tem feito que a corrida aos postos de saúde aumente. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso todo o mês o Estado recebe 70 mil doses da vacina. Mas, cabe aos municípios adequarem à logística e buscarem na Capital as doses. 

Cabe ao Estado monitorar intensivamente quanto à menor possibilidade da doença. Quando há suspeita uma equipe verifica, mas até o momento não há incidência nem notificação da doença. Se existe falta de vacinas em algumas das cidades é ocasionada pela logística dos municípios. “O Estado sempre recebe as doses, todo o mês elas chegam e cabe aos municípios buscá-las”, diz. 

Nos últimos Na rede pública de saúde de Cuiabá, a responsável Técnica (RT) do Programa de Imunização da Diretoria de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Michelle Jesus do Nascimento confirmou que a demanda pela vacina aumentou. “A demanda é grande e estamos fazendo o possível para atender todos. As doses acabam rápido, mas estão sendo suficientes”, diz Michelle. 

Em 2015, a cobertura vacinal da Febre Amarela em Cuiabá foi de 89,26% e em 2016 atingiu os 78,24% da população. os postos de saúde que possuem salas de vacinação, a vacina é administrada de acordo com agendamento de dias feito pela Diretoria de Atenção Primária. Os técnicos explicaram que isso é necessário porque o frasco, ao ser aberto, tem um prazo de validade de 6 horas. Para não haver desperdícios as unidades definem dias de vacinação. 

Em Várzea Grande, a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande esclareceu que o município não registrou até o momento nenhum caso de Febre Amarela. “Houve um aumento da procura pela imunização nos postos, mas ainda dentro do quadro esperado”, confirma. 

A secretaria pontuou ainda que por Mato Grosso ser considerado região prioritária para essa vacinação, devido a isso, a Saúde do município sempre manteve a dose disponível em todos os postos. A orientação á população é de que, caso a pessoa não tenha recebido a dose nos últimos 10 anos, e pretenda viajar para algumas das regiões onde já houve registros da doença, que procure um Posto de Saúde mais próximo de sua casa. 

Desde o início do mês a vacina já está em falta na rede particular. Já nos primeiros dias a vacina foi esgotada. A dose que custa R$ 185 para clientes Unimed e R$ 200. A assessoria da Unimed informou que a previsão é para o mês de fevereiro. 

Este é o maior surto de febre amarela no Brasil em 14 anos. Até a última terça-feira foram confirmados 70 casos da doença, com 40 mortes. Há ainda no País outros 364 casos em investigação, incluindo 49 óbitos. Além de Minas Gerais as notificações também estão no Espírito Santo, Bahia e São Paulo. No total, 60 cidades do país já relataram casos suspeitos. 

O Ministério da Saúde distribuiu, no mês de janeiro, 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. Além das doses de rotina, foram enviadas, neste ano, um total de 4,9 milhões de doses extras para implementar as estratégias de vacina aos quatro estados com registros da doença e ao Distrito Federal. 

A doença - A febre amarela é provocada por um vírus, transmitido pela picada de mosquitos infectados. A infecção ocorre quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. 

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Mas, a preocupação é evitar o retorno da forma urbana da doença, feita por meio da transmissão do Aedes aegypti, cujo número de criadouros no País é considerado alto. 

 

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