A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já marcou uma nova data para ouvir a instrutora de salvamento aquático, a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur. A delegada da DHPP, Juliana Chiquito Palhares, investiga as denúncias de tortura e omissão de socorro feitas pela família do aluno Rodrigo Claro, de 21 anos, durante treinamento na Lagoa Trevisan, em Várzea Grande.
Ledur é a última a ser ouvida no inquérito aberto pela DHPP. O depoimento dela estava previsto para acontecer no dia 2 deste mês, mas foi transferido a pedido do seu advogado, que alegou conflito na agenda. Paralelamente, o Comando do Corpo de Bombeiros abriu inquérito, que já foi encaminhado para análise da Corregedoria da corporação.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a nova data para que a tenente seja ouvida já foi marcada, mas não será divulgada. A previsão é de que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês.
Já o inquérito militar estava sob responsabilidade do coronel bombeiro Alessandro Ferreira. Concluído, o relatório foi entregue ao coronel Marcos Hübner, corregedor da instituição. Hübner tem entre 15 e 20 dias para fazer a análise do material.
No documento, estão os depoimentos de 36 alunos que integravam a turma de Claro, oficiais, médicos, além de anexos periciais. Após ser homologado, o IPM será remetido para a promotoria da Justiça Militar.
O curso era comandado pela tenente Ledur, acusada pela família de torturar o rapaz a ponto de o mesmo sofrer uma hemorragia cerebral que teria provocado sua morte. Em decorrência das investigações, cinco oficiais e sete praças, que atuam na Diretoria de Ensino da Corporação, foram afastados até a conclusão do inquérito.