Outros R$ 92 milhões serão destinados ao setor da saúde pública até o próximo dia 2 de junho
Apesar da crise financeira que o Estado enfrenta que culmina em queda na arrecadação de impostos, o governador Pedro Taques (PSDB) sinalizou que não medirá esforços para honrar compromissos com a saúde pública.
Por conta disso, Taques anunciou nesta sexta-feira (26) que R$ 70 milhões já foram autorizados como medida de emergência para diminuir o déficit de R$ 162 milhões com a saúde.
Para arcar com as despesas da saúde, foi necessário remanejar dinheiro que seria destinado à folha de pagamento do funcionalismo público.
Outros R$ 92 milhões serão destinados ao setor da saúde pública até o dia 2 de junho. A previsão é de que os repasses não sofram mais atrasos depois da quitação.
“Esta é uma medida imediata, de curto prazo, para resolvermos o passivo com a Saúde. Esses valores são da Fonte 100 e serão destinados aos hospitais regionais e unidades de saúde”, explicou o governador.
Diante do remanejamento financeiro, caberá à equipe econômica analisar tecnicamente as contas de governo para que não haja atraso no salário dos servidores públicos na folha de pagamento relativa ao mês de maio.
“A ordem é trabalhar muito para que não ocorra atraso”, ressaltou Taques.
O governo do Estado ainda trabalha para regularizar os repasses financeiros junto às Prefeituras no setor de saúde pública. A dívida com os municípios já acumula o montante de R$ 33 milhões.
A falta de repasses financeiros para a saúde pública gerou até uma crise de relacionamento com o Legislativo. Em comum acordo, os 24 deputados trancaram a pauta de votação até o Executivo pôr fim ao impasse.
A situação se agravou com as dificuldades enfrentadas pelo Hospital Regional de Sorriso que estava prestes a ser fechado por falta de repasse financeiro.
O líder do governo no Parlamento, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), afirmou que defende junto a Taques que o dinheiro devolvido pelo Legislativo em relação ao duodécimo seja utilizado na saúde pública.
O democrata ainda criticou o trancamento da pauta, pois afirmou que tal decisão não era produtiva. "Temos que avaliar se o momento é de atrapalhar, ou de ter criatividade e produtividade, para auxiliar em um momento de dificuldade e necessidade, como é o caso da Saúde", afirmou.
Outro aliado de Taques, o deputado Guilherme Maluf (PSDB) defende o governador e diz que existe um “desfinanciamento” no Estado. “O governo federal não repassa recursos. A saúde precisa cada vez mais de recursos financeiros. Sou a favor que se destine os R$ 70 milhões da Assembleia para a saúde. É preciso que converta todas as emendas parlamentar à saúde. Estou sendo propositivo e sei que não há desvio de recurso da saúde”, declarou.