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Mato Grosso não terá projetos da faixa 1 do “Minha casa minha vida”
Por A Gazeta
04/06/2017 - 11:01

Foto: divulgação

Mato Grosso ficou de fora da lista dos 18 estados brasileiros que terão novos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), do governo federal, que serão construídos com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Ao todo serão 25,664 mil moradias enquadradas na faixa 1 do programa -para famílias com renda mensal até R$ 1,8 mil -, distribuídas em 122 empreendimentos. Segundo o Ministério das Cidades, apenas a região Centro-Oeste não teve propostas selecionadas.

Os novos projetos demandam investimentos de R$ 2,1 bilhões e contratação de 30 mil trabalhadores. Este ano, a meta do governo é contratar 600 mil unidades, sendo 400 mil nas faixas 2 e 3. Segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo, esse número não inclui o total de 30 mil moradias, enquadradas no MCMV que estavam paralisadas e foram retomadas em diversos municípios brasileiros.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção em Mato Grosso (Sinduscon-MT), Júlio Flávio Miranda, o fato de o Estado ficar de fora de novos empreendimentos desta faixa representa perdas principalmente à população, que não terá acesso a moradias adquiridas por preços menores. Conforme ele, esses imóveis custam em média R$ 70 mil, com parcelas de até R$ 60. “É o programa com maior subsídio do governo e acaba penalizando uma camada da população que não terá esses imóveis disponíveis este ano”, diz Miranda ao informar que no Estado não são assinados projetos da faixa 1 há 2 anos. Outro fato que pode ter colaborado para a não inclusão de projetos de Mato Grosso no programa é a desatualização dos preços dos imóveis da faixa 1, além da necessidade de contrapartida do município e do Estado aos projetos. “Sem a contrapartida fica difícil as empresas conseguirem projetos, e os preços baixos também desestimulam”, diz ao analisar do ponto de vista do empresário.

Segundo dados do Sinduscon/MT, as obras de cerca de 10 mil unidades estão paradas no Estado, sendo cerca de 6 mil da Caixa Econômica e 4 mil do Banco do Brasil. “Antes que se comecem novos projetos é necessário que sejam retomados os que estão parados”, defende Miranda ao acrescentar que o setor da construção movimenta várias atividades da economia. Em meados de maio, o ministro Bruno Araújo esteve em Várzea Grande para entrega das chaves de 283 unidades do residencial São Benedito, que reúne 1,281 mil moradias. Na ocasião, ele informou que 3 mil unidades serão concluídas no Estado. 

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