Áreas de fronteiras terão reforço policial devido a violência que assola o Rio de Janeiro. A de Cáceres é considerada uma das "veias do narcotráfico"
Violência no Rio de Janeiro traz a necessidade de reforçar a segurança em Mato Grosso. Na última sexta-feira o ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim anunciou um série de medidas para reforçar a segurança nas terras cariocas. Uma das medidas será o aumento da fiscalização na fronteira de Cáceres (216 quilômetros de Cuiabá).
Cáceres que é fronteira de Mato Grosso com a Bolívia acaba sendo uma das veias do narcotráfico. A ação deve contar com reforço da Polícia Rodoviária Federal. Além de Cáceres, também devem receber atenção fronteira de Uruguaiana (RS) e Foz do Iguaçu (PR). O objetivo segundo o Ministério da Justiça é cortar o fluxo do comércio de drogas, tráfico de armas, tráfico de pessoas e crimes de colarinho branco.
A ação é parte de uma parceria firmada entre Brasil e Estados Unidos com objetivo de monitorar a entrada de armas de fogo no Brasil, especialmente a partir da Colômbia, para reforçar a segurança no Rio de Janeiro. O Estado que vive uma das mais amargas crises financeiras ainda sofre com o empoderamento da criminalidade. Grupos criminosos estariam com material bélico que só se tinha conhecimento Desta forma o Estado será alvo de monitoramento e investigação sobre esse tipo de tráfico, por meio de acordo firmado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) brasileiro e o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), órgão norte-americano.
Segundo o Ministério da Justiça o acordo firmado com a ATF permitirá identificar fornecedores de armas ilegais, rastrear rotas e intermediários e monitorar crimes transnacionais. Caberá à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal rastrearem esse arsenal.
Ações – Na última quarta-feira o governador Pedro Taques juntamente com ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero inaugurou a Estação de Integração Policial (EPI) em San Matías, na Bolívia. O local integra o Exército boliviano, as forças policiais especializadas daquele país como o Delta – similar ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Mato Grosso – Interpol, sistema de identificação de pessoas, departamento de imigração, e a polícia especializada no combate ao narcotráfico.
O secretário de Segurança de Santa Cruz de La Sierra, Enrique Bruno disse que a obra é fundamental para combater o crime organizado e os tráficos de armas, drogas e de pessoas. O Departamento de Santa Cruz investiu 14 milhões de bolivianos na obra (equivalente a R$ 6,3 milhões) e mais 2 milhões de bolivianos (R$ 900 mil) para equipar o local para o trabalho das instituições. As obras tiveram início em novembro do ano passado.