Deputado destaca importância de tripé economico, social e ambiental para
efetivação da alternativa para escoamento da produção
A Câmara Setorial Temática (CST) da Assembleia Legislativa para estudar a
viabilidade social, ambiental e econômica da hidrovia Paraguai-Paraná
inicio os trabalhos oficiais na manhã desta terça-feira (12). A partir de
então serão 180 dias de trabalhos, prorrogáveis por mais 180, para
analisar, discutir e propor medidas para efetivação dessa alternativa de
escoamento da produção da região.
O idealizador da CST, deputado estadual Dr. Leonardo Albuquerque enfatiza a
necessidade de dar ênfase a viabilidade ambiental e social, além da
econômica, a qual já é dada como certa. Para ele, não adianta efetivar a
hidrovia se o meio ambiente e as pessoas forem negativamente afetados.
“Tem que ser um tripé de responsabilidade, não só de viabilidade econômica,
mas também social e ambiental. Por isso é importante esse momento de
estudo, de discussão técnica, clara e aberta a toda sociedade, perguntando
se é possível fazer. O que é possível fazer para o nosso rio e qual a
melhor maneira para mantê-lo vivo, conservado e com toda sua
biodiversidade? A hidrovia só pode existir se o rio estiver saudável. E
para isso tem que respeitar a população que vive do meio ambiente”, afirmou
o deputado Dr. Leonardo.
A presidente da CST, Sinara Piran, destaca que todos os envolvidos com a
hidrovia serão chamados ao debate, a fim de construir em conjunto um
documento sobre a viabilidade do transporte efetivo de cargas pela hidrovia
e o quanto isso se converteria em emprego e renda para a região Sudoeste de
Mato Grosso.
“É preciso levantar quais são os principais impactos na instalação de
portos ou estação de transbordos ao longo do rio, os impactos que possam
ser causados ao meio ambiente e como vai funcionar a logística na região. A
CST precisa de dados técnicos que possam chegar a um consenso entre o custo
beneficio desse empreendimento”, disse Sinara Piran.
Atualmente, a hidrovia transporta pessoas e é responsável pelo deslocamento
do turismo de pesca na região. Informações técnicas sobre o impacto ao meio
ambiente devem ser discutidas já no próximo encontro, marcado para dia 10
de outubro, às 09 horas, na Assembleia Legislativa.