A Redação da Folha de Araputanga obteve com exclusividade o número de presidiários cumprindo pena em oito municípios da região; no total são 1211 pessoas nessa condição. A informação é da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos - SEJUDH-MT.
O réu que receber condenação tem de saber que o setor projetado para abrigar 709 detentos convive hoje, com 1211 pessoas, ou seja, superlotação de 70,80%
OS MUNICÍPIOS
O levantamento feito a pedido da Redação da Folha, refere-se às cadeias públicas instaladas nos municípios de Araputanga, Cáceres, Comodoro, Mirassol D’ Oeste, Pontes e Lacerda, Rio Branco, São José dos Quatro Marcos e, Vila Bela da Santíssima Trindade, conforme figura acima.
NO LIMITE
Os números revelados pela SEJUHD demonstram que apenas a Cadeia Pública de Araputanga não está acima da capacidade recomendada; todas as demais Unidades, estavam, em agosto, com número superior à capacidade recomendada, com destaque negativo para os municípios de Mirassol D’ Oeste com 160% e Rio Branco com 166% além da lotação inicialmente prevista, conforme figura acima.
PROFISSIONAIS DO SETOR
Nas oito Unidades prisionais já citadas trabalham 327 servidores públicos que deveriam responder pelo máximo de 709 reeducandos, contudo, até o dia 31 de agosto/17 os trabalhadores do setor já respondiam por 1211 presidiários ou seja, superlotação de 502 homens e mulheres “abrigados” nas Unidades.
OUTROS NÚMEROS
Em Mato Grossosão 11.438 prisioneiros para 6.413 vagas; o déficit nas vagas soma 78,4%. O percentual demonstra que, no conjunto, o déficit no número de vagas na região está dentro da média estadual, contudo, individualmente, o déficit é maior que a média, em três municípios: Cáceres, Comodoro e, Mirassol D’ Oeste.