Cáceres: CEF ainda não aderiu a greve dos bancos
Por Jornal Expressão
23/09/2012 - 12:18
Das sete agências bancárias de Cáceres, apenas a Caixa Econômica Federal (CEF) ainda não aderiu totalmente a greve deflagrada pela categoria, no último dia 18. A afirmação foi dada na manhã de ontem, pelo representante do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Hélio Leite. Apesar da indecisão, segundo ele, a expectativa é de que, ainda nesta segunda-feira, os colegas da CEF também adiram a paralização. “Agendamos uma reunião para segunda-feira, creio que os colegas da caixa também irão aderir ao movimento”.
Até na manhã de sexta-feira, o comando de greve considerava satisfatório o índice de adesão. O representante do sindicato, em Cáceres, informou que no Brasil já haviam 8.527 agencias paralisadas. Na região Centro Norte, que inclui, Mato Grosso e Rondônia, conforme o líder sindical, pelo menos, 1.303 agências estavam paralisadas. “Creio que a adesão já é de mais de 80%” assinalou.
A categoria pede por reajuste salarial de 10,25%, ou seja, 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%, além de PLR de três salários do funcionário acrescidos de R$ 4.961,25 fixo. Eles também reclamam por um salário mínimo equivalente ao salário mínimo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de R$ 2.416,28, e pagamento de auxílio-alimentação e vale-refeição no valor de um salário mínimo (R$ 622) cada um. Hoje, o salário-base dos bancários gira em torno de R$ 1,4 mil, segundo o sindicato.
Os bancários também pedem pela implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos, bem como auxílio-educação para cursos de graduação e pós-graduação. Constam na pauta ainda o fim da rotatividade nos bancos, aumento do número de contratações, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que inibe as demissões imotivadas – e a ampliação da inclusão bancária.
Mais segurança nas agências e postos bancários também é uma das reinvindicações da categoria, que pede ainda pelo cumprimento da jornada de seis horas para todos os funcionários, fim das metas consideradas abusivas e combate ao assédio moral, previdência complementar e igualdade de oportunidades. Os bancários de todo o país cruzam os braços a partir desta terça-feira (18), por tempo indeterminado. Com isso, o atendimento aos correntistas estará suspenso em todas as agências.
Apenas os serviços disponíveis em caixas-eletrônicos e pela internet irão funcionar normalmente. Alguns pagamentos também poderão ser realizados em casas lotéricas Quem precisar sacar dinheiro ou pagar contas diretamente no caixa não vai conseguir fazê-lo. Quem estiver em processo de financiamento de casa própria ou de um veículo ou refinanciamento de dívida, por exemplo, também poderá ser prejudicado, caso o financiamento não seja aprovado antes da greve geral dos bancos. O consumidor que for prejudicado financeiramente pela paralisação poderá recorrer ao Judiciário, após o fim do movimento, para buscar ressarcimento.