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Metade dos vereadores de Cáceres se declara contrário ao aumento de salário
Por Jornal Expressão
23/09/2012 - 12:19

Foto: arquivo
A metade dos vereadores já se manifesta contra a elevação dos salários de R$ 4.900,00 para R$ 8.000,00 conforme projeto de lei, apresentado pela Mesa Diretora. Dos 10 integrantes da Casa, pelo menos, cinco estão se posicionando contra a majoração. Além dos petistas Lúcia Gonçalves e Josué Alcântara, que desde a apresentação do projeto no dia 10 de setembro se posicionaram contra, os vereadores Alvasir Alencar (PP), Josias Modesto (PTB) e o líder do prefeito na Câmara, Celso Fanaia (DEM), também acenam para o impedimento da proposta. “Seria uma incoerência de minha parte lutar para redução do número de vereadores e, logo em seguida, aprovar aumento de 65% dos subsídios” argumenta Celso Fanaia, acrescentando que só votará a elevação se for de acordo com o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) do governo federal que foi de 6% no ano. “Além do IPC meu voto será contrário” garantiu. Modesto também reafirmou que não concorda com o teto máximo apresentado pela Mesa Diretora. “Sugeri, inclusive, que vereador não tivesse salário. Como é lei vamos estudar. Mas, também não concordo com o teto máximo” afirmou. Presidente da Comissão de Justiça Trabalho e Redação, o vereador Alvasir Alencar (PP) diz que “sou terminantemente contra. Existem setores mais emergentes para serem atendidos. Não podemos aumentar os nossos próprios salários enquanto os postos de saúde não dispõem sequer de medicamentos. Seria um contrassenso muito grande” assinalou. Por sua vez, o vereador cabo Nilson Pereira (PSD), diz que acompanhará a decisão da maioria. “Como sou democrático, acompanho a decisão da maioria. Se a maioria votar pelos 8 mil acompanho, se a maioria votar por outro valor, também vou seguir”. O projeto foi apresentado e lido na sessão último dia 10. Na oportunidade apenas os vereadores do PT se manifestaram contra. O prefeito Túlio Fontes (DEM), diz através de sua assessoria que poderá vetá-lo devido à dificuldade financeira atravessada pela administração. Presidente da Câmara, vereador Antônio Salvador (PSD) explicou que a lei determina que até o dia 15 de setembro do ano eleitoral, as Câmaras Municipais apresentem a proposta de aumento do subsídio dos vereadores, para a próxima legislatura, que poderá atingir até a 40% do subsídio de deputado. E, portanto, segundo ele “a proposta de aumento do subsídio é lei” e, acrescenta: “não existe nada de ilegal no projeto”. Salvador diz que “não existe nada definido. O projeto está em estudo. Assim como pode ser aumentado, o salário pode ser mantido”, frisou explicando que, também não está definido o dia em que o projeto será votado. Adiantou apenas que deverá ocorrer até o dia 30 de setembro, data estipulada pela lei. Enquanto o projeto sugere o teto máximo de 65% para subsídios de vereadores, o mesmo não ocorre em relação ao aumento dos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e coordenadores. Para prefeito e vice a proposta de aumento é de 25%. O salário pode passar dos atuais 12 mil e R$ 6 mil, respectivamente, para R$ 15 mil e R$ 7.500,00. Para secretários e coordenadores o aumento proposto é de 16%, passando dos R$ 6 mil e R$ 3 mil atuais para R$ 7 mil e R$ 3.500,00, a partir do próximo ano. O vereador Josué Alcântara diz que “é inadmissível votar aumento de salário de vereador, num momento em que o município atravessa situação financeira extremamente difícil, sem recursos para pagar integralmente salários dos servidores; as máquinas da prefeitura paradas no pátio da secretaria de Obras; e o piso dos professores até hoje sem ser implantado. Temos que ser mais coerentes” enfatizou.
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