A partir de amanhã, 1º de novembro, começa a segunda etapa da vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Nesta fase, devem ser imunizados os animais com idades de zero a 24 meses em todas as regiões de Mato Grosso, onde todos os animais devem receber a dose da vacina, com exceção do Pantanal que têm período diferenciado. A expectativa é que 14 milhões de animais sejam imunizados.
A vacinação do rebanho poderá ser feita até o dia 30 de novembro em todas as regiões, com exceção do Pantanal, onde prazo é até 15 de dezembro.
Este é o primeiro ano da inversão do calendário de vacinação, com a imunização total do rebanho em maio e em novembro a etapa reduzida. Esta alteração atendeu a um pedido dos produtores para que a principal etapa fosse realizada no período de menor incidência de chuvas e desvinculada da chamada estação de monta, quando os animais são fertilizados.
A imunização do rebanho é obrigatória em todo o Estado e os produtores que não aplicarem a vacina serão multados e podem ter a emissão da Guia de Transporte de Animais (GTA) temporariamente suspensa, impedindo a comercialização dos animais.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Túlio Duarte Soares, destaca o compromisso do pecuarista com a sanidade do rebanho, o que há anos mantém o Estado livre da doença.
“O produtor sabe da importância da sanidade do rebanho para a manutenção de mercados e há anos mantemos o índice de vacinação acima de 98%. Agora caminhamos para a implantação de um plano para suspender a vacinação, mas que deve ser feito de forma responsável e gradual”, afirma Marco Túlio.
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) fez o lançamento oficial da vacinação ontem, em Cuiabá. Mas desde o último 27 de outubro, 20 equipes foram deslocadas para a fronteira do Estado com a Bolívia onde acompanham a imunização nas propriedades da região. Fora isso, os fiscais do Indea ainda devem acompanhar a vacinação em 2% das 105 mil propriedades do Estado.
A diretora-técnica do Indea/MT, Daniella Soares, explica que os produtores terão até 10 de dezembro para fazer a comunicação aos Indea e no caso do Pantanal, o prazo para vacinação e para comunicação será o mesmo da imunização, 15 de dezembro. “O produtor que não vacinar será multado no valor equivalente a uma Unidade Padrão Fiscal (UPF) por animais e deverá fazer a vacinação acompanhada dos fiscais do Indea”.
A Acrimat possui uma cartilha de orientação para os produtores que a vacinação seja realizada de forma correta e com o mínimo de impactos para os animais. O médico veterinário da Acrimat, Nilton Mesquita, explica que o manejo adequado e o bom acondicionamento e aplicação da vacina são indispensáveis para evitar as chamadas reações vacinais, quando são formados abscesso no corpo do animal.