A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou de forma terminativa, nesta quarta-feira (8), o projeto de Lei que cria a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), por desmembramento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O senador Wellington Fagundes, que sempre esteve à frente do tema desde o início das discussões, afirma que ao criar a UFR, a região sudeste mato-grossense receberá mais investimentos em pesquisas, extensão e ensino, já que não terá de dividir recursos com a UFMT.
“A criação da Universidade Federal de Rondonópolis dará autonomia financeira e administrativa ao campus de Rondonópolis, que hoje está vinculado à direção central da UFMT, em Cuiabá”, conta o republicano. Segundo ele, este é o desejo de toda a comunidade, já que Rondonópolis é um polo que conta com 200 mil habitantes, e possui outras 20 cidades em seu redor, congregando quase 600 mil moradores”, destacou.
O deputado Aelton Freitas (PR-MG), que relatou o projeto na CFT, conta que o ideal agora é trabalhar os próximos orçamentos – a partir do ano que vem – para que haja condições de cobrir os custos decorrentes da nova universidade. “Hoje, pela condição que o país se encontrava, não seria aprovado esse projeto, por conta da crise fiscal. Mas aproveitamos um precedente que o Piauí teve em outro momento e, baseado nesse processo, fizemos a jurisprudência para Mato Grosso. Aí pedimos apoiamento da Casa e felizmente só tivemos um voto contrário da Comissão”, comemorou o relator.
O presidente da CFT, deputado Covatti Filho (PP-RS) afirma que a matéria obviamente trará “algum impacto financeiro”, mas que o bom senso prevaleceu entre os pares durante a votação do texto. “A gente entende que um dos incentivos para a população, bem como a própria resposta ao povo, é justamente a educação. E a criação da UFR vai beneficiar uma comunidade de mais de 5 mil estudantes, com a certeza de que vamos ajudar no progresso de toda a região, dando incentivos para a juventude permanecer no local e desenvolvê-lo”, finalizou o Covatti.
Wellington adiantou que está empenhado em seguir na luta pela criação de, pelo menos, mais duas universidades federais em Mato Grosso “Uma na região do Araguaia, em Barra do Garças; e outra, em Sinop, no Norte do Estado, onde já existem campos bastante avançados em estrutura”, acrescentou.