A delegada Judá Maali Marcondes, da Delegacia da Mulher, que investiga o crime, afirmou que os abusos começaram há vários anos, tanto que a vítima nem se lembrava.

"Elas relataram que foram abusadas desde novinhas. Elas nem se recordam quando começou. Após o abuso ele jogava o dinheiro na cama, debaixo do travesseiro. E elas diziam que rejeitam o dinheiro e mesmo assim ele jogava na cama", disse a delegada.

Segundo ela, a mãe tentou fazer com que as filhas retirassem a queixa alegando que quem colocava comida em casa era o padrasto.

"Nós percebemos que a mãe das crianças queria encobrir o crime, porque ela disse várias vezes para mim que quem colocava comida dentro de casa era o suspeito e diante disso pedi a prisão dele porque percebi que o agressor continuava dentro de casa, ela não estava priorizando as meninas, estava interessava só no alimento e no bem-estar dela mesma", disse.

A mãe deve ser investigada para saber se ela tinha conhecimento dos abusos.

Em depoimento à polícia, o padrasto negou os abusos e disse que as adolescentes se insinuaram para ele.

"Essa é uma versão dada pela maioria dos estuprados, sempre culpam as vítimas", avalia.

As vítimas estão recebendo apoio psicológico.