O governador Pedro Taques debateu nesta sexta-feira (02.03) com servidores e alunos da Unemat, na sede da universidade, em Cáceres, os investimentos e a autonomia da instituição. Na ocasião, o governador destacou que os investimentos para a Unemat cresceram nos últimos três anos.
Para Taques, no passado, foram criados campus no interior de Mato Grosso sem dar o mínimo de estrutura para isso. O governador reforçou que a universidade não deve ser usada como ferramenta de política e que sempre defendeu o crescimento do orçamento da instituição, assim como as condições necessárias para crescimento.
Ele explicou também que de R$ 1,2 bilhão que entraram no caixa do Estado, o déficit foi de mais de R$ 150 milhões, isso só no mês de janeiro. Razão pela qual o governo passa por dificuldades financeiras.
“Administrar com dinheiro é muito fácil, difícil é administrar quando falta dinheiro. Daí é como ser gerente de banco, identificar as prioridades”, disse Taques.
Mesmo em momento de grave crise financeira, o governador disse que diversos setores, como os servidores da educação que tiveram mais de 40% na elevação salarial, sendo o segundo Estado que mais bem paga os servidores.
Demandas
A principal reivindicação dos servidores e alunos é em relação às empresas prestadoras de serviço que atuam na instituição. O governador garantiu que o Estado está fazendo um cronograma de pagamentos para resolver a questão.
Segundo a reitora Ana Di Renzo, a universidade atualmente tem situações difíceis em relação aos repasses ao orçamento. Segundo o governador, os repasses serão normalizados de acordo com o fluxo de caixa do Estado.
A reitora ressaltou que este será o último ano em que o orçamento da Unemat vai crescer com relação à receita do Estado, 2,5%, o que corresponde a aproximadamente R$ 400 milhões. “A dívida da Unemat está em R$ 8 milhões com prestadores de serviços e devem ser investidos cerca de R$ 12 milhões, pela primeira vez. Para que a universidade possa avançar em todas as áreas são necessários mais R$ 70 milhões”.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Domingos Sávio, afirmou que o governo não deve fechar o campus da universidade em Diamantino, a não ser que seja ordenado pela Justiça. O campus é alvo de investigação por conta de sua compra pelo Estado na gestão anterior.
Em oito anos, a Unemat saltou 118 para 419 o número de professores com doutorado, o que possibilita a captação de recursos do Governo Federal e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat).
Participaram do encontro o secretário de Governo, José Arlindo; a secretária-adjunta da Casa Civil, Paola Reis e o presidente da Fapemat, Antônio Carlos Máximo.