Estamos chegando ao fim do mês, Setembro Amarelo, mês que ficou marcado como o mês de combate ao suicídio, porém infelizmente, muitos casos foram constatados, o que nos leva a entender que precisamos intensificar a discussão e montar um enfrentamento mais eficaz sobre o assunto.
Para que as pessoas entendam um pouco mais sobre a importância do tema, sua gravidade e a grande necessidade de debater politicas publicas estratégicas de prevenção, deixo aqui a minha parcela de contribuição ao problema que considero de extrema importância e relevância, pois precisamos desmistificar que a depressão é frescura e que sozinho a pessoa pode sair dela.
O suicídio deve ser tratado como problema de saúde publica, conforme propõe o Ministério da saúde, é um fenômeno complexo e multifacetado que não escolhe por critérios étnicos, sociais, sexuais nem religiosos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou como proposta que em 2020 tenha se reduzido cerca de 10% das mortes por suicídio, e para chegarmos ao almejado é importante sensibilizar não só o campo da saúde e demais órgãos governamentais, mas, a população em geral, aqueles que convivem com um sujeito com ideações suicidas, para isso esse pequeno recorte busca discorrer sobre erros que muitos cometem quando se tratam em lidar com alguém com ideias suicidas.
Pessoas com pretensões em tirar a própria vida dão indícios do que estão planejando, precisamos nos atentar para frases como: “Eu não aguento mais”,” eu só queria sumir” “ eu sou fraco, perdedor” “vão ser felizes sem mim”, o fato de muitos acharem que isso é bobagem, frescura, “drama” ou algo para chamar a atenção só tendem a agravar mais a situação da pessoa que esta em sofrimento, pensamentos suicidas não é coisa de “quem não tem o que fazer” não “é falta de Deus”, não tem nada a ver com significante divino, trata-se de uma condição de instabilidade emocional onde a pessoa busca por uma resposta e um modo de acabar com a dor, uma dor mental incontrolável.
Ideações/tentativas devem ser tratadas com seriedade, dar atenção e acolher a pessoa é uma das principais formas de prevenir o suicídio. Familiares e amigos precisam oferecer um diálogo compreensivo, sem julgamentos, oferecer apoio emocional e buscar ajuda profissional.
Dorcilene Silva é Psicóloga .