Nesta terça (25), os servidores irão se reunir com o secretário de Gestão e Planejamento Basílio Bezerra, às 17h, no Centro Político Administrativo. A expectativa da categoria é que consigam chegar a um acordo para que possam encerrar a paralisação. No entanto, servidores afirmam que não irão abrir mão do cumprimento da Lei da Dobra do Poder de Compra.
Tempo indeterminado
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, afirmou que a paralisação está mantida por tempo indeterminado, pois o governo não sinalizou nenhuma proposta. “As mobilizações da categoria vão continuar em todo o Estado”, declarou.
O Tribunal de Justiça determinou, na semana passada, que seja realizada uma audiência de conciliação entre os servidores e o Governo, no Fórum de Cuiabá. No entanto, ainda não há data para o encontro. “Estamos à disposição para essa reunião, a qualquer momento. É uma pena que a pressa do Judiciário não é a mesma do cidadão que está com o filho fora da escola”, disse Valdeir.
O líder estadual do Sintep negou que o movimento paredista esteja enfraquecendo, pois, segundo o Executivo, mais da metade das escolas já retomaram as aulas. “O Governo diz que muitas escolas voltaram, mas não diz as condições em que isso aconteceu”, declarou, justificando que muitos servidores decidiram retornar por ter o ponto cortado.
“O Governo deveria estar preocupado em ler a Constituição do Estado, o que está em vigência, que é a Lei 510/2013 [de Dobra do Poder de Compra]. Mas ele está mais preocupado em contar quantas escolas voltaram a ter aulas”, acrescentou.
Segundo Valdeir, a paralisação continua, mesmo com muitas escolas retomando as atividades. “Se houvesse dois trabalhadores em greve no Estado, a greve estaria acontecendo”, asseverou.
A reunião de hoje:
A desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Maria Erotides Kneip determinou que o governo faça uma audiência de conciliação com os professores da rede estadual de educação, que estão em greve há quase um mês.
Na decisão, a desembargadora pede que as partes entrem em consenso e a greve, que atinge mais de 300 escolas, chegue ao fim. O documento foi publicado na quarta-feira (19), mesmo dia em que o TJ nega o pedido do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Pública de Mato Grosso (Sintep) para suspender o corte de ponto dos profissionais em greve.