Dúvidas sobre as diferenças entre o colesterol bom e o ruim atinge a maioria dos brasileiros. Saiba os benefícios e os males que podem ser provocados por esse tipo de gordura no corpo.
Herói e vilão. No nosso corpo existe um tipo de gordura essencial na manutenção de funções do organismo, mas o seu excesso pode causar doenças. O colesterol é produzido pelo fígado e está presente nas células do cérebro, nervos, músculos, pele, intestinos e coração, além de auxiliar na produção de hormônios.
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Segundo João Greco, médico emergencista de uma das unidades a administradas pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar no País, é importante saber que existem dois tipos de colesterol: o HDL (do inglês High Density Lipoprotein), é a gordura boa do corpo, responsável pela limpeza do organismo. Já o LDL (também do inglês Low Density Lipoprotein), é a gordura considerada ruim.
“Quanto maior o nível do colesterol LDL, aumentam as chances de ter uma doença aterosclerótica, que é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas artérias do coração, nas carótidas - que são as artérias do pescoço que levam o sangue até o cérebro - e na própria artéria do cérebro. Isso pode gerar o infarto e o AVC, o Acidente Vascular Cerebral”, explica Greco.
O colesterol bom, o HDL, faz a prevenção desse acúmulo de gordura. Além da produção do fígado, parte do colesterol do nosso corpo vem dos alimentos. O médico explica ainda que um conjunto de fatores é necessário para garantir que os níveis de colesterol se mantenham dentro da normalidade. “Para ter o colesterol controlado é importante ter uma alimentação saudável e praticar atividade física, o que ajuda a aumentar o HDL”, acrescenta.
De acordo com Greco, o tratamento para controlar o colesterol começa com alterações no estilo de vida. “O paciente é orientado a abandonar todos os alimentos ricos em gorduras e ingerir comidas mais saudáveis. Se isso não for suficiente, a utilização de medicamentos pode ser necessária, mas sempre com recomendação médica”, enfatiza.
O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, lembrado em 8 de agosto, foi criado para aumentar a conscientização na prevenção de doenças cardiovasculares. Em pesquisa divulgada no ano passado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia - e divulgada pelo Portal R7 - quatro em dez brasileiros adultos têm nível de colesterol alto e quase 70% só realizou o exame após os 45 anos de idade. O levantamento foi feito com mais de 800 pessoas de todo o Brasil.
Para a nutricionista Jussara Prado, da Pró-Saúde, as carnes gordurosas, frituras e fast-foods, são os grandes responsáveis. Enquanto alguns alimentos colaboram para o aumento do mau colesterol, outros ajudam a saúde.
“É necessário consumir as gorduras boas, como abacate, castanhas, linhaça e os próprios vegetais. O suco de uva natural, feito com a fruta roxa, é excelente, bem como a ingestão de salmão e sardinha, que são ricos em Ômega 3”, explica a profissional.
A nutricionista ressalta que é preciso ter atenção aos níveis de colesterol desde a infância. Jussara explica que as crianças entre 9 ou 10 anos já tem colesterol alto, pois a alimentação mudou. “A base da dieta passou a ser de comidas industrializadas, como biscoitos recheados, sorvetes e lanches. Isso faz com que o colesterol já esteja elevado nessa idade, o que gera o aumento de peso, mais um fator agravante para a qualidade de vida”, reforça.
Sobre a Pró-Saúde
A Pró-Saúde é uma entidade filantrópica que realiza a gestão de serviços de saúde e administração hospitalar há mais de 50 anos. Seu trabalho de inteligência visa a promoção da qualidade, humanização e sustentabilidade. Com 16 mil colaboradores e mais de 1 milhão de pacientes atendidos por mês, é uma das maiores do mercado em que atua no Brasil. Atualmente realiza a gestão de unidades de saúde presentes em 23 cidades de 11 Estados brasileiros — a maioria no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Atua amparada por seus princípios organizacionais, governança corporativa, política de integridade e valores cristãos.
A criação da Pró-Saúde fez parte de um movimento que estava à frente de seu tempo: a profissionalização da ação beneficente na saúde, um passo necessário para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes que não podiam pagar pelo serviço. O padre Niversindo Antônio Cherubin, defensor da gestão profissional da saúde e também pioneiro na criação de cursos de Administração Hospitalar no País, foi o primeiro presidente da instituição.