"Existe muita criança que só entende o que é o abuso sexual a partir de uma explicação na sala de aula, com orientação sexual responsável, assim os pais devem ficar atentos aos seus filhos", disse a delegada, Judá Maali Marcondes.
Um homem de 65 anos foi preso na tarde desta terça-feira (3) suspeito de abusar sexualmente da neta de 11 anos em Cáceres. O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso da cidade.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe da criança compareceu na delegacia, onde relatou que o avô da vítima estaria cometendo atos libidinosos com a criança. A situação teria ocorrido no mês de maio, quando o avô teria realizados os atos com a criança.
A polícia informou que o avô foi preso em casa e deve responder pelo crime de estupro de vulnerável.
A vítima relatou em seu depoimento que o seu avô teria dado até um celular no intuito de concretizar o ato sexual, e que isso nunca ocorreu, justamente pelas negativas da vítima, o suspeito teria até tentando tomar o celular dado de presente.
A Polícia Civil informou que não houve relação sexual completa, mas, de acordo com a lei, os atos libidinosos são suficientes para caracterizar o crime de estupro de vulnerável.
De acordo com a genitora tudo veio à tona quando a professora da criança teria acionado para ver o que estaria ocorrendo, pois a vítima se encontrava triste e por vez chorando pelos corredores da escola.
Ainda de acordo com a genitora, tudo ocorria quando ela deixava os seus dois filhos na casa do idoso, para poder trabalhar.
A vítima disse em depoimento que só teve coragem de dizer o que ocorria após ouvir palestras na escola sobre abusos sexuais.
A vítima contou que por vezes foi ameaçada para que não contasse sobre os atos, sendo que o idoso tentou por várias oportunidades beijá-la à força e passar as mãos nas partes intimas da criança.
"Existe muita criança que só entende o que é o abuso sexual a partir de uma explicação na sala de aula, com orientação sexual responsável, assim os pais devem ficar atentos aos seus filhos", disse a delegada, Judá Maali Marcondes.