O governador Mauro Mendes (DEM), assinou nesta quinta-feira (26), um contato com o governo da Bolívia um contrato para o fornecimento de gás natural da Bolívia para Mato Grosso. A cerimônia aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, para onde o governador, junto com a comitiva do governo, viajou depois de participar da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na terça-feira (24).
Com esse contrato, a Bolívia tem a obrigação de entregar mensalmente 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural, a partir do próximo dia 1º, até dezembro de 2020. O compromissão será renovado automaticamente por mais 10 anos, caso não se concretize a formação da sociedade.
Até então, o país vizinho só comercializava para o estado o excedente. Se não havia sobra, não fornecia. Com isso, segundo o governo, prejudicava aqueles que têm veículos e indústria que precisam do combustível.
Também foi assinado um termo de parceria para uma sociedade entre a MT Gás - Companhia de Gás de Mato Grosso - e a estatal boliviana Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A intenção é firmar uma sociedade entre as estatais para expandir a cadeia do gás natural.
Governador foi aos Estados Unidos e participou de eventos — Foto: Secom-MT/ Assessoria
"O intercâmbio comercial com a Bolívia é muito importante para nós. A Bolívia encontrou ao longo dos últimos anos um caminho seguro de crescimento que tem trazido desenvolvimento importante ao país e essa união comercial nossa com a Bolívia trará frutos e benefícios para todos nós", declarou, durante discurso no evento.
Além do gás, a Bolívia deve fornecer também ureia, fertilizante usado nas plantações de soja, cana-de-açúcar e alimento para o gado.
"Toda a produção que a Bolívia tem na planta instalada aqui representa um terço do consumo do estado de Mato Grosso. Nós consumimos em Mato Grosso três vezes a capacidade da planta existente e isso mostra que Mato Grosso é um forte potencial para o crescimento deste produto em plantas localizadas na Bolívia e que podem ser instaladas no nosso estado", disse.