Unemat realiza levantamento de saúde dos pescadores em Cáceres
Por Lygia Lima | Assessoria Unemat
09/12/2019 - 15:56
Com o período da piracema, pescadores e isqueiros profissionais de Cáceres – MT estão sendo atendidos pelo projeto de extensão e pesquisa da “Saúde Sem Fronteiras” da Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (Unemat) . Nesta sexta-feira (06) cerca de 100 pescadores estão em atendimento por equipes dos cursos de História, Enfermagem, Educação Física, Medicina e Biologia da universidade no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cáceres.
O objetivo é aproveitar esse momento em que os pescadores e isqueiros estão na cidade, por conta do período de proibição da pesca, e fazer um diagnóstico mais detalhado das condições de saúde. A professora da Unemat, Denise da Costa Boamorte Cortela, explica que a partir desse levantamento será possível definir estratégias de atuação e propor outras ações pontuais para o grupo de pescadores ao longo de 2020. “Essa é uma ação piloto a fim de realizarmos esse diagnóstico e assim atuar atendendo as necessidades mais pontuais do grupo”, explicou.
A professora Poliany Rodrigues, também da Unemat, enfatizou que inicialmente os pescadores foram sensibilizados para a ação, momento em que foi explicado como seria o trabalho de coleta de informações e exames, e que nesta sexta-feira, é a ação prática. No atendimento direto a população está sendo realizados exames de glicemia, acuidade visual, exame de pele, aferição da pressão arterial, análise Burnout, que avalia do nível de estresse e esgotamento no trabalho, e o levantamento das condições gerais de saúde. Na oportunidade também foram distribuídos os recipientes para que sejam coletados materiais para exames parasitológicos que serão realizados nos laboratórios da Universidade. Os materiais serão coletados na segunda-feira (9) a partir das 12 horas nas sedes da Associação de Pescadores e na Colônia.
Para os pescadores profissionais Adão Wanderlei , 62 anos e a companheira Maria do Amparo do Espirito Santo, 57 anos, gostaram bastante da iniciativa da Universidade. “Está sendo muito bom, com essa oportunidade a gente aproveita e vem fazer os exames, porque a gente não dinheiro”, fala.
O pescador José Vital, 52 anos, também aproveitou a iniciativa para ver as condições de saúde. “A vida da gente é acampado no rio o ano todo, só para quando a pesca fecha. E quando estamos trabalhando só vem um dia ou outro na cidade. Então é importante ver como a gente está. Estou gostando bastante”, afirmou.
Para a realização dessa ação do Projeto Saúde Sem Fronteiras cerca de 50 acadêmicos e professores e servidores técnicos estão envolvidos, além de parcerias externas como do Centro de Oftamologia de Cáceres.