Barone insinua que vereadora usou dinheiro de facção na campanha; Valdeníria vai acionar a justiça
Por Sinézio Alcântara
17/12/2019 - 10:14
Para se defender das críticas, o vereador Wagner Barone (Podemos), autor do requerimento que pediu a cassação dos vereadores Cesare Pastorello (SD) e Valdeníria Dutra Ferreira (PSDB) fez uma grave insinuação contra a vereadora. “A senhora sabe que, alguém que antes era ligada a senhora, comentou nesta Casa que o dinheiro usado em sua campanha (para deputada) vinha de facção” disse assinalando ainda que “quem anda com porcos acaba enlameado”.
Se referindo a denúncia feita pelo seu ex-assessor, Alander do Carmo Rios, no caso do suposto esquema da divisão do salário do adicional noturno, Barone expôs novo fato sobre o escândalo. “O Rubens Macedo não poderia estar envolvido e a senhora sabe quem, exigiu que o nome dele fosse citado na denuncia. Espero que a senhora tenha a sensatez a honra”. Barone disse ainda que “tudo o que está acontecendo na Câmara tem motivação política”.
Inconformada a Valdeníria diz que irá acionar judicialmente o vereador Barone para que ele prove as insinuações que fez. “Ele vai ter que provar na justiça o que falou” diz acrescentando que “minha prestação de contas foi aprovada e está à disposição de quem interessar. Nela se pode saber de onde eu recebi e onde gastei centavo por centavo. Não recebi de facção alguma. Não tenho nada a esconder”.
Além do vereador Wagner Barone, Valdeníria diz que irá ajuizar ação contra os vereadores Valter Zacarkim (PTB) e Elza Basto (PSD), relator e membro da CCJ, respectivamente, por taxá-la de “intrometida e indecorosa” no parecer que propuseram o arquivamento do requerimento feito por ela, solicitando a criação da Comissão de Investigação do caso “rachadinha”.
“Sou mãe de família, tenho serviços prestados e honra. Não posso me calar diante de uma acusação como essa” justificou.
O pedido de cassação dos vereadores Cesare Pastorello e Valdeníria Ferreira será decidido pela Mesa Diretora.
A decisão foi tomada, durante a sessão, pela direção da Câmara. No momento, os vereadores de oposição não concordaram que o vereador Wagner Barone, autor do pedido, acrescentasse, após a apresentação do requerimento, dois CDs que, segundo ele, constariam as provas contra os acusados.