Policiais civis de Mato Grosso e Goiás localizaram e prenderam, nesta quinta (10), os pais suspeitos de terem jogado a filha, uma bebê de 8 meses, no Córrego Sossego em Tabaporã (a 500 km de Cuiabá) dia 27 de dezembro do ano passado.
Em depoimento em Jataí (GO), eles confessaram o crime, mas indicaram que a criança estava na vedade no fundo de um poço, a 3 km da cidade, e não no córrego. O cadáver foi resgatado pela equipe do Corpo de Bombeiros por volta das 22h.
O poço tem 5 metros de profundidade e, com materiais e equipamentos específicos, os militares resgataram fragmentos com características que se aproximam às da menina.
Devido as dificuldades no local, a operação foi finalizada somente à meia noite, sendo retomada nesta manhã (10). Foi necessário secar o poço que possui aproximadamente um metro e meio de altura de água, para tentar encontrar mais fragmentos do corpo.
Mais detalhes sobre o crime estão sendo apurados pela Polícia Civil. Investigações vão apontar se a criança foi morta em outro lugar e depois jogada no poço. Ainda não há informações dos nomes, idade e nem quando os pais serão trazidos ao Estado.
A dupla já havia sido alvo do Conselho Tular, que recebeu queixa de que estavam praticando maus tratos contra a criança. O bebê chegou a ficar sob tutela do Estado, por um período, na Casa de Passagem, até que a guarda foi restituída aos pais novamente.
As investigações sobre o caso iniciaram na quarta (8) após o Conselho Tutelar levar o caso à polícia. Partiram da denúncia de que o pai da criança havia comentado que teve que sair às pressas da cidade e pediu que fosse colocado fogo nas coisas do bebê. Em uma busca superficial, a polícia encontrou o carrinho da criança, vazio, às margens do córrego Sossego.
Testemunhas relataram que, dia 27 de dezembro, o casal foi visto em três situações. A primeira delas nas proximidades do córrego com o carrinho de bebê, não sendo possível confirmar se a criança estava no carrinho ou não.
Em seguida, o casal foi visto sozinho também sem a criança e sem o carrinho e depois mais tarde pedindo carona a terceiros, com mochilas e também sem o bebê. Desde então não foi mais visto na cidade. A casa em que moravam estava abandonada só com os móveis e alguns pertences pessoais deles e da criança.
Assim que foi acionada, a equipe da Polícia Civil de Taboporã iniciou as investigações.