A transição começa nesta segunda-feira na prefeitura de Cáceres, através de acordo feito entre o prefeito eleito Francis Maris Cruz e o atual Túlio Fontes. A ideia é que a nova equipe tome conhecimento da situação do executivo, em especial de projetos em andamento ou protocolados junto a outras esferas, para que os mesmos não sofram descontinuidade. Futuro O empresário Francis Maris Cruz (PMDB) disse, em entrevista ao RDNews, que a primeira ação como prefeito de Cáceres, a partir de 1º de janeiro, será promover a união de forças com aqueles que hoje estão na condição de opositores. Ele inclui na lista o deputado federal Pedro Henry (PP), que, embora tivesse declarado que ficaria neutro, acabou apoiando o candidato do PSD, médico Leonardo Albuquerque. Para o prefeito eleito, a desavença política entre o prefeito Túlio Fontes (DEM) e Henry prejudicou o desenvolvimento do município, assim como o fato de há 20 anos a cidade pólo da região Oeste e cravada na divisa com a Bolívia não ter conseguido eleger um deputado estadual. Francis foi eleito com 21.630 votos (49,18% dos votos válidos). Leonardo ficou com 21.318 (48,47% dos válidos), uma diferença de apenas 312 votos. O petista Edson Penha Mendes, o Edinho, obteve 1.037 votos (2,36%). Apesar do PP estar na coligação de Francis, Pedro Henry apoiou o candidato adversário justamente pelo fato do DEM de Túlio ter fechado composição com o peemedebista. Como as convenções já tinham sido realizadas e mudanças não poderiam ser feitas, o progressista prefeiriu ir sozinho para o lado de Leonardo a ficar no mesmo lado do democrata. Francis define essa situação como "águas passadas" e reforça que sua relação com o deputado é amistosa, assim como com o prefeito Túlio. Ele aponta que ainda não teve tempo de se reunir com o democrata para conversar sobre a fase de transição, mas destaca que a equipe responsável pelo processo está definida. É liderada pela vice-prefeita eleita Eliene Liberato (PSDB) e pela consultora Cynthia Fior. Quanto ao secretariado, Francis disse que "existem nomes com perfil para integrar o primeiro escalão, inclusive que estiveram na oposição. Segundo o peemedebista, os critérios que vai adotar para escolher alguém são o conhecimento técnico, a honestidade, ética e transparência. “Vou conversar com todos. Não é tempo de brigas ou caça às bruxas”, avalia. O prefeito eleito terá apoio da maioria dos 11 vereadores. Sua base elegeu 6. Francisc observa, contudo, que vai conversar com os outros 5 parlamentares que não são governistas em busca de apoio. Ele adianta que um dos projetos prioritários é a busca de solução para a falta de abastecimento de água. Lamenta que Cáceres também sofre com a falta de energia elétrica, que está no limite, o que compromete até a instalação de novas indústrias. Aponta também investimentos na saúde pública como prioridade e infraestrutura, com recuperação de estradas.