Polícia prossegue operações de buscas aos assaltantes que agiram ontem em Comodoro
Por Diário de Cáceres
31/10/2012 - 09:34
Além da captura dos sete assaltantes que agiram na manhã de ontem em Comodoro (670 km de Cuiabá, município que faz divisa com Rondônia),a preocupação dos policiais que estão atuando na operação é proteger a aldeia de índios Nambiquara. "Queremos impedir que eles abordem os índios", informou o capitão Mário Roberto Pereira, comandante da PM em Comodoro. Os assaltantes fugiram e entraram no final da tarde em uma área de mato fechado, nas proximidades da Fazenda Comodoro, no entorno da terra indígena da etnia Nambiquara. Até a manhã de hoje nenhum foi preso.
Além do cerco no entorno da área, os policiais estão em barreiras em vários pontos dentro da mata.
Na cidade, equipes da Polícia Civil realizam o trabalho de investigação e há novidades, que no entanto não podem ser divulgadas para não atrapalhar o processo. A Polícia Civil também está atuando com a PM (BOPE, Força Tática) e a PRF nas barreiras nas estradas e na operação de captura. Um dos pilotos do helicóptero do Ciopaer, que auxilia nas buscas, é um delegado da Polícia Civil de Mato Grosso.
O capitão Mário informou que as buscas aéreas ainda não resultaram em nenhuma visualização. "O local é de mata fechada"-disse ele.
A AÇÃO
Foram sete homens que assaltaram as agências do Banco do Brasil e do Bradesco na manhã de hoje em Comodoro, município que faz divisa com Rondônia. As duas agências ficam a uma distância de dois quarteirões uma da outra. Quatro deles ficaram em uma e três em outra, usando armamento pesado e encapuzados. Do lado externo, pelo menos outros dez davam suporte. É o modo de agir do novo cangaço. Segundo o comandante da PM no município, capitão Mauro Roberto Pereira, são homens que agem por tudo ou nada. São violentos e não tem nada a perder.
Os assaltos simultâneos começaram as 10:30 horas e duraram pouco mais de uma hora e meia. A quadrilha fez quinze reféns, entre eles os gerentes das agências. Eles deixaram o local em duas camionetes, levando reféns nas carrocerias e no capô dos veículos, como escudos humanos –impedindo qualquer ação dos policiais.
A quadrilha tentou alcançar a BR 174, que leva à capital do Estado e a Rondônia, mas foi impedida pelo bloqueio da polícia. Voltou então em direção a Campos de Júlio, pela BR 364. A cinco quilômetros da cidade, libertou os reféns, pôs fogo nos veículos e adentrou num matagal.
As 17 horas a polícia iniciou o cerco ao local e as incursões ao mato, na captura dos assaltantes.