Os incêndios que acometeram o Pantanal neste ano destruíram cerca de 30% do bioma. Sua rica e exuberante biodiversidade ardeu em chamas por mais de 90 dias. Esses acontecimentos demonstraram - entre outros fatores - que a maior planície alagável do mundo, carece de alternativas que possam servir de base para análises ambiental e de risco, principalmente em tempos de escassez hídrica severa.
Para conter os efeitos das mudanças climáticas e outros eventos extremos - seca severa, possibilidade de incêndios, inundações repentinas - um dos legados deixados pela Ação Bicho Vivo, realizada pelo Instituto Sustentar, foi a aquisição de duas estações meteorológicas. Uma para cidade de Cáceres - que será gerenciada pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e outra para a unidade de Conservação da Estação Ecológica de Taiamã - gerenciada pelo ICMBIO em parceria com a UNEMAT.
Estas duas estações meteorológicas, pioneiras no Alto Pantanal, acabam de ser inauguradas. A expectativa é suprir a necessidade de levantamento de dados na região e fazer monitoramento ambiental. Num primeiro tempo, esse controle será realizado pelos pesquisadores do Projeto Bichos do Pantanal e pelos professores Claumir Muniz, Wilkinson Lopes, Ernandes Sobreira (profº convidado), da Universidade do Mato Grosso (UNEMAT). Posteriormente, a tarefa será transferida para um profissional concursado da Instituição.
"As estações meteorológicas são extremamente importantes para compreensão do clima da região", explica profº. Claumir Muniz, doutor em ecologia e coordenador de Ictiofauna do Projeto Bichos do Pantanal, realizado pelo Instituto Sustentar com patrocínio Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. "A atual ausência de dados no Alto Pantanal inviabiliza geração de informações, impedindo previsão de qualquer tipo de ocorrência na região. Antes desta aquisição, as previsões eram feitas em outros locais, muitas vezes distantes demais", comenta. "Em consequência disso, sempre remediávamos a situação, agora vamos preveni-las", finaliza.
Com essas aquisições, a situação muda de figura. A cidade de Cáceres e a Estação Ecológica de Taiamã ganham uma importante ferramenta de análise ambiental, capaz de gerar dados e compartilhar informações que podem auxiliar nas tomadas de decisão, principalmente quando se trata de mudanças climáticas - que ocorrem pontualmente no Pantanal - , beneficiar qualquer atividade que dependa de umidade, temperatura e demandas de chuva, além de propor ações e procedimentos que sejam mais efetivos na prevenção de novos incêndios a médio e longo prazo.
"Nossa responsabilidade socioambiental na luta contra os incêndios que marcaram o ano de 2020 não se limitou em apagar o fogo", comenta Jussara Utsch, presidente do Instituto Sustentar. "Nós estamos trabalhando para evitar novas catástrofes ambientais e continuaremos atuando para recomposição e preservação do Pantanal", finaliza.
Sobre o Projeto Bichos do Pantanal
Projeto Bichos do Pantanal - realizado pelo Instituto Sustentar com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Socioambiental da Petrobras, atua na região do Alto Pantanal (Cáceres e Porto Estrela, MT). O foco é nas áreas de Educação Ambiental, pesquisas que ampliam o conhecimento científico visando a preservação de espécies da fauna pantaneira e a promoção da sustentabilidade local por meio do Turismo Sustentável.
Saiba mais em: http://www.bichosdopantanal.org
Sobre Instituto Sustentar
Com sede em Belo Horizonte e atuação nacional e internacional, a entidade é dedicada à implementação e execução de projetos que buscam a sustentabilidade econômica, social e ambiental, junto à iniciativa privada, entidades da sociedade civil e setor governamental. O objetivo é promover pesquisas técnico-científicas e boas práticas institucionais e empresariais que permitam o desenvolvimento sustentável de nossa sociedade.
Saiba mais em: http://institutosustentar.net/
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