Apesar do apelo da comunidade literária, política e de moradores de Cáceres, o governo mudou o nome da escola estadual professor Natalino Ferreira Mendes, que passa a se chamar escola estadual da Polícia Militar CB PM RR Davi Maciel de Campos, conforme decreto publicado na sexta-feira(12). A situação tem gerado polêmica na cidade e a prefeita Eliene Liberato tenta reverter a mudança.
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que auxilia nas conversas com o Executivo já há alguns dias, garantiu à prefeita que a situação é analisada pela Casa Civil. A gestora agradece a ajuda do tucano e avisa que a cidade vai se mobilizar caso a decisão não seja revogada.
“A população e seguimentos irão montar um movimento e protestar para o retorno do nome. Não é que estamos contra escola (militar), e sim que o nome não seja mudado. Pois Natalino é uma referência histórica da cidade”, defende.
O poeta Airton Reis Reis usou as redes sociais para criticar a medida. “Luto Literário coberto pela bandeira, pelo brasão, e pelo hino de Cáceres, de autoria do cacerense preterido. Nesta, anunciamos o funeral cultural, aonde será velada a alma de um espírito imortalizado além da sua cidade natal”, escreve
Depois, completa: “nem cemitério, nem caixão. Nem velas, nem coroa de flores. Apenas uma incomensurável lacuna nas páginas do ser cidadão”.
Membro da Academia-matogrossense de Letras, o advogado e escritor Eduardo Mahon também vem criticando a medida. Diz que Natalino “foi professor, poeta, jornalista, historiador e cronista e serviu Cáceres por mais de 50 anos”.
Lembra ainda que Natalino é imortal da Academia Mato-grossense de Letras e fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres. “Natalino Ferreira Mendes é um dos autores mais importante que temos do interior do Estado”.