Desde o final de semana a vereadora Profª Mazéh Silva (PT) está sendo atacada nas redes sociais após protocolar um Projeto de Lei que visa "Instituir Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIA+ e Periféricas, a ser comemorada anualmente no dia 14 de Março." O conteúdo dos ataques são de cunho totalmente machistas e agressivos, tristemente proferidos também por mulheres.
Toda essa onda de ataque gratuito e infundado foi motivado por uma fakenews dizendo que o objetivo do projeto era "Homenagear Marielle Franco no dia da Mulher, ela que nem cacerense era", ou seja, deturparam tanto a proposta quanto o objetivo, instigando a opinião popular a ir contra o projeto de lei apresentado por Mazéh Silva.
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O projeto de lei protocolado pela parlamentar cacerense faz parte de uma ação conjunta realizada, em todo o Brasil, pelas parlamentares que são signatárias da Agenda Marielle Franco, assim como Mazéh Silva. A PL traz como principal objetivo articular ações coordenadas que visem discutir, inibir e coibir que Mulheres Negras, Indígenas, LGBTQIA+ e Periféricas sejam alvo de violência política, instituindo assim o dia 14 de março, data de 2018 em que a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco foi assassinada, como o dia oficial para que se discuta e se combata VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA MULHERES nos parlamentos de todo o Brasil.
De acordo com a vereadora Mazéh Silva "este episódio demonstra como ainda a sociedade tem que avançar para que mulheres e homens tenham as mesmas prerrogativas de serem respeitados a mesma medida, nos espaços de trabalho, de lazer e obviamente nos espaços políticos e de poder, onde decisões são tomadas e se nós MULHERES (negras, indígenas, LGBTQIA e periféricas), não estivermos presentes e conscientes nada irá mudar, continuaremos a ser silenciadas e invisibilizadas. A parlamentar ainda frisa que "Aprovar esta PL é dar mais um passo rumo a igualdade de gênero e desconstrução do patriarcado, do machismo e do racismo que tanto impedem a evolução do mundo."