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Gestação durante a pandemia: maternidade alerta para os riscos e cuidados necessários
Por Comunicação Hospital São Luiz
16/04/2021 - 08:49

Hospital São Luiz, de Cáceres (MT), ressalta que gestantes são grupo de risco para pandemia e cuidados devem ser redobrados — Foto: ilustrativa

O novo coronavírus trouxe muitas dúvidas ainda sem respostas, mesmo depois de um ano de pandemia. As gestantes, que já lidam com todas as questões da gravidez, também foram afetadas por se tratarem de grupo de risco para a doença da Covid-19, conforme classificação da Organização Mundial da Saúde. 

Um estudo publicado pela respeitada revista médica International Journal Of Gynecology and Obstetrics revelou que, até junho do ano passado, foram registradas 160 mortes de gestantes e puérperas em todo o mundo – e 124 eram brasileiras, o que equivale a 77% das mortes mundiais.  

Estudos apontam que mulheres grávidas com Covid-19 têm maior possibilidade de desenvolver manifestações graves da doença. As que apresentam quadros de diabetes ou hipertensão também podem ter os riscos aumentados, uma vez que essas comorbidades enfraquecem de forma significativa o sistema imunológico.  

O Hospital São Luiz (HSL), principal maternidade de Cáceres, no Oeste Mato-Grossense, alerta que atitudes simples e já amplamente divulgadas, são essenciais para as gestantes neste período.  

"Ainda não temos informações concretas sobre as consequências da doença para gestantes e recém-nascidos infectados, por isso, é fundamental seguir as orientações de isolamento social, evitando saídas desnecessárias de casa e adotando todos as outras medidas de prevenção", explica Arlete Oliveira, enfermeira obstétrica da Pró-Saúde no São Luiz.  

Para evitar o contágio, as gestantes devem lavar as mãos com água e sabão frequentemente, usar álcool em gel, colocar máscara para sair de casa – sempre com atenção aos modelos eficazes e apropriados, evitar tocar o rosto com as mãos e, principalmente, respeitar o distanciamento social.  

Outro ponto de atenção é em relação à higienização e o compartilhamento de objetos, que podem ser facilmente infectados por outras pessoas, como por exemplo, celulares, maçanetas, talheres, chaves, toalhas, controles remotos e até mesmo computadores. 

A unidade, que pertence à Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, é referência no atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, Ginecologia e Pediatria para 22 municípios da região oeste do Estado de Mato Grosso, além de cidade do país vizinho, a Bolívia.  

 

 

 

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"Devido ao surgimento das novas variantes do coronavírus, o número de casos agravados da doença e internações de gestantes vêm aumentando, mesmo em mulheres saudáveis e sem comorbidades, por se tratar de cepas mais contagiosas e agressivas, logo, os cuidados por parte das grávidas devem ser redobrados", alerta a enfermeira. 

"Por outro lado, a gestante precisa manter as consultas de pré-natal, exames e vacinação em dia, pois são essenciais para a saúde dela e do seu bebê e não devem ser negligenciados na pandemia", complementa Evelyn de Souza, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz.    

 

Além das questões relacionadas à Covid-19, o pré-natal permite identificar doenças preexistentes na gestante, que poderiam evoluir de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes e anemia. Com o diagnóstico precoce, é possível realizar o tratamento para evitar prejuízos à mulher e ao bebê, não só durante a gestação, mas por toda a vida.  

"A manutenção das consultas de pré-natal é essencial, pois garante uma assistência adequada e saudável durante toda a gestação, parto e pós-parto, oferecendo ainda apoio em um momento pandêmico como o que estamos passando", ressalta a médica. 

Outra questão importante abordada pelas profissionais é em relação ao tipo de parto indicado para gestantes com diagnóstico confirmado para a Covid-19. "Se a mulher apresentar boas condições clínicas e feto com boa vitalidade, o parto normal continua sendo o mais seguro e recomendável. A realização de cesariana, uma cirurgia invasiva de grande porte, só é indicada para casos que evoluam com sintomas graves ou críticos", enfatiza Evelyn. A amamentação também é incentivada para os casos confirmados da doença.

Visitas a recém-nascidos não são recomendadas 

Outra medida fundamental para preservar a vida do recém-nascido durante uma pandemia serve de alerta para todas as famílias. "Após o nascimento, os pais devem continuar seguindo as orientações de higiene e distanciamento social, sem receber visitas. É totalmente desaconselhável", destaca Arlete.  
"Sempre oriento os pais a conversarem com seus familiares com antecedência, para diminuir a expectativa. É uma situação difícil, mas essencial para salvar vidas, especialmente dos mais frágeis, neste momento de pandemia", conclui a enfermeira. No Brasil, cerca de 900 bebês com menos de um ano morreram em 2020 em decorrência da Covid-19, segundo dados divulgados pela organização de saúde Vital Strategies

 

 

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