É muito comum criar expectativa sobre gestação, parto e pós-parto, idealizando momentos perfeitos e de extrema felicidade. No entanto, as responsabilidades e desafios inerentes dessa fase da vida surpreendem muitas mulheres, especialmente, as mães de primeira viagem. Além dos eventos fisiológicos esperados para um bebê, como o choro e cólicas, o corpo da mulher passa por um período de fortes alterações hormonais. Associado a isso, nos tempos modernos, muitas mães não contam com uma rede de apoio necessária para ter tempo de qualidade com o bebê. O resultado emocional para essa mulher – que enfrenta tudo sozinha e isolada – pode ser exatamente o oposto da expectativa idealizada.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres grávidas e 13% das puérperas (período de 45 dias após o parto – mas que pode durar bem mais) apresentam algum transtorno mental, e a depressão pós-parto pode atingir de 10 a 20% das puérperas.
Segundo Diego Pes, diretor Assistencial do Hospital São Luiz, em Cáceres (MT), a doença aparece na gestação e pode seguir até o primeiro ano da criança. “É importante identificar os sintomas e direcionar a gestante para um profissional que possa acompanhar e orientar a paciente”, explica. A unidade é referência de atendimento para gestantes de 22 municípios da região Oeste do Mato Grosso.
Os sintomas da depressão pós-parto são parecidos com um quadro depressivo e a diferença é que envolve o vínculo mãe-bebê. São eles:
Quais as causas da doença?
As causas para a doença são diversas e podem estar associadas a hereditariedade, fatores emocionais, estilo de vida, entre outros. “Assim que a doença for diagnosticada a paciente precisa saber de todas as informações e tratamento. Ter o suporte da sua rede de apoio e profissionais que a acompanham é essencial”, destaca o diretor Assistencial.
Veja as principais causas:
A depressão pós-parto tem cura, mas é necessário que todas as recomendações médicas sejam seguidas durante e após a gravidez. Diego explica que a detecção precoce da doença é importante e facilita o tratamento.
“Se os sinais forem identificados no início, a paciente poderá começar os cuidados e ter uma qualidade de vida durante esse período. Mas é importante que a gestante avise ao médico dos sintomas durante o pré-natal” acrescenta.
O São Luiz é uma unidade própria da Pró-Saúde, entidade filantrópica com mais de 50 anos de experiência na área de gestão hospitalar. O hospital é referência no atendimento de média e alta complexidades para 22 municípios na região Centro-Oeste do país, e para as cidades de San Matias e San Ignacio de Velasco, na Bolívia.
As práticas adotadas pela unidade foram reconhecidas pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), por meio do selo Amigo da Criança, concedido pela IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) aos hospitais que realizam o cumprimento dos dez passos para o sucesso da amamentação.